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Um homem se passando por advogado foi preso, na tarde desta segunda-feira, 03, durante audiência na 16ª Vara de Execução Penal da Capital, no Fórum Regional da Ufal, na Cidade Universitária, parte alta de Maceió.

Segundo informações do advogado Júlio Sampaio, da Comissão de Fiscalização e Combate a Práticas Irregulares na Advocacia, a OAB/AL foi acionada após funcionários da 16ª Vara de Execução Penal desconfiar da conduta do suposto advogado.

“Ele estava realizando atendimento no local quando o pessoal da 16ª Vara desconfiou. A Polícia Militar foi acionada e o deteve na sala da OAB até que a comissão chegasse para certificar se ele era advogado regularmente inscrito na Ordem. Chegando lá, certificamos que há o exercício irregular da profissão e ele foi levado à Central de Flagrantes”, disse o representante da comissão.

A denúncia é de que o acusado tenha enganado diversas pessoas e contava com a ajuda de um comparsa que se passava por juiz. Aos policiais, as vítimas contaram que esta outra pessoa se apresentava como magistrado, usando inclusive toga. No entanto, até o momento, este homem não foi localizado.

“Ele utilizava a inscrição de uma advogada nos papéis que imprimiam e o timbre do Poder Judiciário para forjar atas de audiências judiciais. Além de responder por exercício irregular da profissão, também deve ser denunciado por crime de estelionato. No Fórum, estavam três vítimas e outras três estavam na Central de Flagrantes. Algumas vítimas mostraram transferências para o acusado via Pix. Uma das vítimas contou que ele aplicou golpe nela, no filho e em um conhecido”, informou o advogado.

Na tarde de hoje, a advogada lesada por ter seu número de inscrição usado indevidamente e sem autorização, Nataly Lima, foi informada do crime por uma colega membro da comissão e esteve na Central de Flagrantes para registrar um novo Boletim de Ocorrência contra o suspeito.

A Polícia Civil investiga ainda se o acusado é acadêmico em direito. “Ele informou a polícia que estava no 10º período do curso de direito. Iremos enviar ofícios as faculdades para saber se ele realmente é estudante e tomar as providências”, finalizou.

Ameaças

Em entrevista à TV Pajuçara, a atual representante legal de uma das vítimas contou que sua cliente – que já havia denunciado o caso – está sendo ameaçada por telefone pelo comparsa do homem preso. O mesmo indivíduo que se passava por magistrado.

Nas mensagens, segundo a advogada, o homem diz saber onde a vítima mora, envia fotos de arma de fogo e diz que vai encontrá-la caso ela prossiga com a denúncia.

A mulher de 52 anos foi abordada pelo falso advogada em maio deste ano quando ela realizava uma queixa na Central de Flagrantes, no bairro do Farol. Na ocasião, ele se ofereceu para ajudá-la em uma determinada situação e aproveitando-se da falta de conhecimento dela, disse que constava contra ela um mandado de prisão em aberto e a fez desembolsar o valor de R$ 12 mil para “livrá-la” da acusação, alegando ter que pagar juízes e procedimentos inexistentes.

Para convencê-la, ele elaborava documentos falsos – que nunca mostravam os dados dele – e até audiências montadas.

AL24HS