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Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Mundaú entrou em operação na segunda-feira (8) e, até agosto, emitirá boletins com previsões para Murici e União dos Palmares

Arquivo Defesa Civil Estadual

A chegada do período chuvoso em Alagoas marca o início da operação do Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Mundaú (SAH Mundaú), do Serviço Geológico do Brasil (SGB). Entre abril e agosto, será realizado monitoramento hidrológico contínuo – com equipes trabalhando em esquema de plantão (24 horas por dia) – para alertar sobre os riscos de inundação em Murici e União dos Palmares. O objetivo é apoiar estado, municípios e as defesas civis em ações que visem prevenir desastres e salvar vidas.

Nos próximos meses, nossa equipe estará dedicada e trabalhando para fornecer dados técnicos que possam prever cenários nesses municípios, a fim de contribuir para ações efetivas, que garantam a segurança da população”, destacou o diretor-presidente do SGB, Inácio Melo. “Assumimos esse compromisso de trabalhar em conjunto com órgãos do sistema de proteção e defesa civil para proteger aqueles que mais precisam”, disse.

Com as informações antecipadas sobre o nível que o rio poderá atingir, os órgãos competentes podem planejar ações de forma assertiva. Por exemplo, retirar as pessoas que vivem em áreas com risco de inundação. Nas cidades atendidas pelas previsões do SGB, vivem mais de 84 mil habitantes, segundo o IBGE.

Boletins de monitoramento e alerta hidrológico

Durante a operação do SAH Mundaú, serão disparados boletins de monitoramento hidrológico com as previsões sobre o nível que o rio atingirá em Murici e em União dos Palmares (essas cidades também são contempladas por mapeamento de áreas de risco do SGB). Além disso, serão apresentadas as cotas observadas nos municípios de Correntes, Canhotinho e Palmeirina (em Pernambuco) e Santana do Mundaú, São José da Laje e Rio Largo (em Alagoas).

Os boletins são publicados na plataforma do Sistema de Alerta,e enviados, semanalmente, para órgãos como: Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Estado de Alagoas (SEMARHAL), Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), defesas civis e prefeituras dos municípios da bacia.

Cotas informam sobre os impactos associados ao nível dos rios

Nos boletins de monitoramento e alerta hidrológico, o SGB apresenta (para algumas estações) informações sobre as cotas de alerta e inundação. Essas cotas representam os impactos associados ao nível dos rios, como explica a pesquisadora em geociências Keyla dos Santos, responsável pela operação do SAH Mundaú: “A cota de alerta significa que foi atingido o nível do rio em que o risco de acontecer uma enchente é grande, e a cota de inundação indica que o ponto mais baixo começou a ser inundado. Nestes casos, o monitoramento passa a ser mais intenso para avisar os órgãos competentes sobre o cenário”.

Monitoramento dos rios de oito municípios

Desde 2017, o Serviço Geológico do Brasil opera o Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Mundaú. As informações disponibilizadas nos boletins são geradas a partir do monitoramento de oito estações – que fazem parte da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), de responsabilidade da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), e operada, em grande parte, pelo SGB.

Os pesquisadores fazem a coleta de dados, análises e elaboração de previsões sobre os níveis dos rios para Murici e União dos Palmares. Anualmente, o SAH Mundaú entra em operação durante o período chuvoso em Alagoas (de abril a agosto), devido ao maior risco de inundações. Após essa época, caso haja alguma previsão ou possibilidade de ocorrência de um evento extremo na bacia, as atividades são retomadas para envio das previsões.

Estudos para prevenção de desastres

Além do monitoramento do nível dos rios, o Serviço Geológico do Brasil disponibiliza para municípios de Alagoas estudos que auxiliam ações para prevenção de desastres e planejamento urbano. Já foram atendidos 36 municípios com mapeamento de áreas de risco que indicam setores com potencial de sofrer danos por eventos geológicos, como deslizamentos, inundações e enxurradas.

O SGB também já elaborou Cartas de Suscetibilidade a Movimentos Gravitacionais de Massa e Inundações (entregues a sete municípios) e Carta de Perigo Geológico de Paripueira.

O SGB também publicou, em 2022, a Avaliação Geotécnica da Região dos Cânions do Xingó. Em Alagoas, o SGB já atendeu, ao todo, 36 cidades, beneficiando mais de 1,8 milhão de pessoas.

Fontes de abastecimento de água subterrânea

Para apoiar ações que visem garantir acesso à água, especialmente em períodos de estiagem, o SGB disponibiliza o Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS) – um repositório de poços perfurados no Brasil que tem em sua base mais de 371 mil poços cadastrados, sendo 2,8 mil em Alagoas.

Disponível para consulta pública, o SIAGAS permite que sejam identificados poços dos quais seja possível extrair água para o uso doméstico, industrial, para irrigação ou outras finalidades.

Ascom Governo Federal