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(Créditos de imagem: Ilustração)

Criminosos têm aperfeiçoado um golpe já conhecido – que invade o aparelho das vítimas, permitindo o acesso às redes sociais e aplicativos de banco – usando como disfarce prefixos telefônicos geralmente usados pelas próprias instituições financeiras. O alerta é da empresa de cibersegurança Kaspersky.

O chamado “golpe da mão fantasma” funciona assim: os golpistas mandam mensagens de texto para as potenciais vítimas se passando pelos bancos onde são correntistas ou têm cartões de crédito. No SMS, dizem que uma suposta compra foi realizada, geralmente em valores altos, e indicam um telefone para que a pessoa questione a transação.

O número começa com os prefixos 4003 ou 4004, por exemplo, comumente usado pelos próprios bancos. Do outro lado da linha, os golpistas simulam integralmente o funcionamento das centrais de atendimento ao consumidor das instituições financeiras, com atendente humano e música de espera. Segundo a Kaspersky, o suposto atendente indica que, para questionar a compra, a vítima precisa baixar um aplicativo, a partir de um link ditado por ele.

Quando a plataforma-espiã é instalada, os criminosos passam a ter acesso ao aparelho, e conseguem acessar desde o e-mail da vítima até login nas redes sociais e aplicativos bancários.

Número mais barato

Os investigadores da empresa de cibersegurança suspeitaram de mensagens usando números 4000 e decidiram verificar se a central de atendimento era real ou falsa. Para confirmar o golpe, eles ligaram para o número informado na mensagem SMS e, durante a conversa, foi solicitado a instalação de um programa para acesso remoto ao dispositivo. Neste momento, a ligação foi encerrada.

Diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina, Fábio Assolini explica que, nos prefixos 4000, 4003 e 4004, as chamadas são tarifadas como ligações locais e os custos são compartilhados entre a empresa e o cliente, o que torna a operação “mais barata” para as organizações criminosas.

– Por este motivo, esses números são priorizados e isso faz o golpe parecer ainda mais real, principalmente para o estado de São Paulo, onde estão os cliente que mais usam esse tipo de chamada para entrar em contato com suas instituições bancárias e meios de pagamento. Outro ponto que chama atenção é a migração das centrais falsas 0800 (gratuitas) para esses números. Pelo tempo que passou, parece que os custos dos golpes aumentaram e os criminosos passaram a adotar a postura das empresas – analisa.

Quais são os cuidados?

Para não ser vítima de um golpe e saber verificar se uma mensagem é verídica, os especialistas da Kaspersky recomendam:

Caso receba mensagens ou e-mails como essas, jamais faça o que é pedido, como ligar para o 0800, ou pior, fazer o download de um aplicativo suspeito.
Se realmente desconfia da transação, ligue nos canais oficiais de comunicação de seu banco, que pode ser localizado em seu cartão, por exemplo.
Jamais passe seus dados por mensagens SMS, WhatsApp ou similares, tampouco em números que ligam para você. Se houver alguma informação suspeita, ligue também para a verdadeira central de atendimento, que pode ser encontrada digitando manualmente o site na URL do navegador. 

Fonte: EXTRA ONLINE