Bem diferente do setor privado, a seara política é um investimento a curto, médio e longo prazo.
Comerciantes e empresários planejam o negócio sabendo que o retorno do investimento é sempre de médio a longo prazo.
Por aí já se percebe a diferença.
Outra discrepância está no foco, missão e objetivo. O setor privado tem o foco no cliente, a missão de oferecer o melhor serviço possível e o objetivo é fidelizar o cliente.
Perceba que tudo está voltado para o outro (no caso, o cliente).
Na política a regra é mais simples. O foco é vencer a eleição, a missão é concluir o mandato e o objetivo é a AMPLIAÇÃO DO PODER.
Perceba que o fim não justifica os meios entre os dois setores. O político (em regra) não pensa além do próprio umbigo.
Aposta de risco
No Brasil dos impostos, abrir um negócio é um desafio encarado por poucos. Os motivos são diversos: instabilidade do mercado, a concorrência (sempre ameaçadora) e os altos juros e encargos no giro financeiro.
Firmar uma candidatura política, a partir deste ano, é tão arriscado como abrir um pequeno negócio.
Sem a via de esgoto da iniciativa privada, de onde vem o dinheiro para bancar a campanha?
Com o Ministério Público e a Polícia Federal de olho na turma economicamente ativa (eleitoralmente falando), apenas o foco dos políticos mudou: agora é não ser pego no flagrante de crime eleitoral.
E aí…
Quem tem coragem de se desfazer do próprio patrimônio para bancar a campanha?
Diante do exposto, fica a clássica pergunta? Quem tem dinheiro suficiente para honrar os compromi$$os da campanha?
Ou… de onde vem os valores vultuosos?