Um avião da Alaska Airlines precisou interromper uma decolagem para evitar uma colisão com uma outra aeronave no Aeroporto Internacional de Nashville, nos Estados Unidos, nesta quinta-feira (12). Ninguém se machucou.
Os dois aviões envolvidos são um Boeing 737 MAX 9, da Alaska Airlines, e um Boeing 737-700, da Southwest Airlines. Ao todo, 182 pessoas estavam abordo da primeira aeronave. O número de passageiros do segundo avião não foi divulgado.
A Alaska informou que os pilotos receberam autorização para a decolagem por volta das 9h15, pelo horário local (10h15, em Brasília). De acordo com o FlightRadar, a aeronave já estava avançando pela pista de decolagem, a quase 200 km/h, quando interrompeu a operação.
Segundo a companhia aérea, a tripulação freou o avião ao perceber que a aeronave da Southwest estava cruzando o fim da pista de decolagem.
Os pneus do avião da Alaska explodiram ao frear, segundo a Agência Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês).
O avião tinha como destino Seattle, que fica a mais de 3 mil quilômetros de Nashville. Os passageiros desembarcaram em segurança e foram realocados em outro voo. A aeronave irá passar por uma inspeção, segundo a companhia.
A Southwest Airlines ainda não se pronunciou sobre o incidente. O caso está sendo investigado pelas autoridades.
Histórico
Em fevereiro de 2023, um avião da FedEx e uma aeronave da Southwest quase bateram em Austin, no Texas. O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB, em inglês) concluiu que o incidente foi provocado por suposições incorretas por parte de um controlador de tráfego aéreo.
Os dois aviões chegaram a uma distância de cerca de 52 metros um do outro, quando o Boeing 767 da FedEx foi forçado a sobrevoar o 737-700 da Southwest para evitar um acidente em condições de baixa visibilidade.
A presidente do NTSB, Jennifer Homendy, disse em junho que o conselho quer treinamento para controladores em condições de baixa visibilidade e uma implantação mais rápida de tecnologias nos aeroportos, além de alertas nas cabines de pilotos para evitar futuros quase-acidentes.
“Isso deve servir como um alerta para muitos — esses são sinais de aviso, o que significa que é preciso agir agora”, disse Homendy.
No ano passado, uma série de incidentes levantou preocupações sobre a segurança da aviação nos Estados Unidos. A sobrecarga das operações de controle de tráfego aéreo e a falta de pessoal estão entre os fatores que quase provocaram tragédias.
O administrador da FAA, Mike Whitaker, disse na quarta-feira (11) que o número de incidentes graves de invasão de pista caiu mais de 50%.
“Continuamos trabalhando na questão, criando mais tecnologia para os controladores e mais tecnologia nas instalações de chegada”, afirmou.
Fonte: g1