Nas últimas 24 horas, 155 foram confirmados, mas apesar do aumento de casos, não houve registro de óbitos.
O número de notificações para serem investigadas sob a suspeita de pessoas infectadas com o vírus da Covid-19 segue crescente em Alagoas, assim como em todo o Brasil. Os dados do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), divulgados neste sábado (26), mostram que no estado são 1.114 casos suspeitos sob investigação laboratorial.
Nas últimas 24 horas, 155 foram confirmados, mas apesar do aumento, não houve registro de óbitos. Até agora foram um total de 889.188 notificações. Com a atualização dos dados, o estado soma 323.486 casos confirmados desde o início da pandemia. Em todo o território alagoano, 314.734 pessoas já se recuperam do coronavírus. O número de mortes pela doença em Alagoas é 7.137.
O número de casos confirmados de Covid-19 tiveram um salto de 9.000% em novembro. De acordo com a Sesau, desde o começo do mês o quantitativo de notificações de Covid-19 só aumentou no Estado.
No boletim do órgão divulgado no dia 1º de novembro, foram registrados 3 casos de coronavírus. Nas semanas seguintes, subiram para 20, depois, 80, e nessa sexta-feira, já eram 290, reafirmando o quadro de preocupação das autoridades epidemiológicas.
OCUPAÇÃO DE LEITOS
Por enquanto, a ocupação de leitos exclusivos para a Covid-19 não demonstra preocupação. Os dados da Sesau mostram que dos 144 leitos disponíveis, apenas 29 estão com pacientes em tratamento, representando 20% do total. Nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), a ocupação é de apenas 17% (6 dos 35 leitos seguem com pacientes).
Apesar disso, o alerta no estado já foi ligado. Nesta sexta-feira (25), o Governo de Alagoas anunciou que já estuda a ampliação de novos leitos hospitalares exclusivos para Covid-19, o que deve ocorrer se a curva de casos confirmados continuar em crescimento. Durante reunião do Grupo Técnico Científico na Sesau, foram mantidas as recomendações para o uso de máscaras em locais fechados e a necessidade da conclusão do esquema vacinal contra o novo coronavírus.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, as determinações são medidas de contingência para o enfrentamento de uma possível nova onda da Covid-19. “Nós estamos, de fato, vendo um aumento importante dos casos de Covid-19 em Alagoas, provavelmente causado pelas variantes do novo coronavírus. Por isso, nosso Grupo Técnico Científico está acionando as unidades e alinhando todas as medidas necessárias para combater uma possível nova onda do vírus”, ressaltou.
Ao longo da reunião, os especialistas analisaram a sazonalidade do novo coronavírus, a cobertura vacinal dos 102 municípios alagoanos e o Panorama da Covid-19 em Alagoas. Também foram analisados os dados dos Boletins Epidemiológicos das últimas semanas, que são emitidos diariamente pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs), bem como, a ocupação de leitos de Enfermaria e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), cujos dados são divulgados diariamente no site https://www.saude.al.gov.br/covid-19/.
MONITORAMENTO
O chefe do Gabinete Estadual de Combate às Doenças Infecciosas, infectologista Renee Oliveira, pontuou a importância das reuniões para acompanhar o desenvolvimento do vírus no Estado. O especialista ressaltou a necessidade de que a população siga corretamente as medidas sanitárias para conter o avanço do novo coronavírus em Alagoas.
O Panorama da Covid-19 no Estado mostra que, no momento, estamos estáveis com o número de internamentos e óbitos, mas que existe uma crescente no número de pacientes diagnosticados com a doença. Cenário que pode se intensificar devido às festividades da Copa do Mundo e as confraternizações de Natal e Réveillon. Também detectamos um aumento no número de gestantes infectadas, o que mais uma vez acende o alerta à população para que siga as recomendações contra o novo coronavírus. O uso de máscara, álcool em gel a 70% e a manutenção do distanciamento social são necessários neste momento”, destacou o infectologista.
Todas as medidas foram sugeridas pelos infectologistas e técnicos da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa), da Central Estadual de Regulação de Leitos, do Programa Nacional de Imunização em Alagoas (PNI/AL) e pelos gestores da Rede Assistencial, formada por hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
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