O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) decidiu que o CSA deverá indenizar o ex-meio campo Choco, que atuou no clube em 2016, mas precisou abandonar o futebol após ser diagnosticado com arritmia cardíaca. Em 2016 foi definido que o atleta deveria receber R$ 450 mil, atualmente o valor chegar a quase R$ 600 mil.
O atleta precisou fazer quatro cardioversões (intervenções elétricas para tentar recolocar o coração no ritmo certo) e uma ablação (intervenção que tenta desabilitar impulsos elétricos responsáveis por desorientar os batimentos cardíacos).
No início da Série D do Brasileiro da temporada em questão, Choco descobriu que a renovação de contrato que havia assinado com o clube não havia sido registrada. Recorreu à Justiça, mas julgamento em primeira instância havia dado ganho de causa ao clube. Choco alegou que, após uma primeira perícia que constatou o problema, um novo exame foi realizado sem sua presença.
Em segunda instância, o ex-jogador ganhou a causa. “O julgamento foi extremamente técnico”, afirmou o advogado Filipe Rino. “Conseguimos dar validade à primeira perícia efetuada. Ficou comprovado que o clube concorreu com culpa em virtude dos procedimentos efetuados, sendo condenado a pagar indenização pela não contratação do seguro obrigatório, estabilidade e dano moral”, completou a defesa.
Desde 2016 que Choco não atua mais no futebol, ele continua com o problema cardíaco. “Do coração, não tive evolução ainda. Eu tinha uma nova cirurgia marcada, mas por conta da pandemia, foi cancelada. Estou aguardando e medicado diariamente”, disse o atleta.
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