Trabalhadores dos Correios em AL entram em greve por tempo indeterminado

Categoria cobra reajuste salarial bem como repudia privatização da empresa pública

Trabalhadores dos Correios iniciam uma greve por tempo indeterminado, a partir desta terça-feira (18), após decidido em assembleia realizada nessa segunda (17). A categoria informa que perdeu quase todas as conquistas asseguradas nos últimos trinta anos e denuncia o que chama de caos administrativo provocado pela atual superintendência da estatal em Alagoas, cujo objetivo final seria privatizar a estatal.

Conforme nota divulgada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos em Alagoas (Sintect/AL), os funcionários em greve pretendem se reunir, primordialmente, nesta terça-feira, no atual Centro de Logística de Maceió, que fica no Distrito Industrial, e em frente à agência central de Arapiraca. 

A entidade também planejou espalhar representantes dos trabalhadores em diversas agências do interior do Estado e prometem paralisar os serviços nestes locais.

De acordo com a direção do Sintect/AL, a mobilização só terá fim quando a direção dos Correios negociar melhorias e a retomar algumas garantias que foram retiradas dos funcionários. “Estamos dispostos a cruzar os braços até que a ECT [Empresa de Correios e Telégrafos] volte atrás e respeite a luta e o sacrifício que os trabalhadores fizeram para ter algumas garantias que agora estão sendo extirpadas de forma violenta pela administração nacional”.

A classe denuncia o que denomina como descaso com os assuntos da empresa, praticado supostamente pela atual superintendência em Alagoas. “A falta de apreço com o trabalhador e nenhum esforço de gestão é dado para assegurar melhores condições de trabalho. São elementos que têm gerado muita insatisfação e levado companheiros, que nunca fizeram greve, a aderir ao movimento paredista deste ano por entender ser uma tragédia a atual administração postal no estado”, ressalta a nota.

De acordo com o sindicato, a direção da ECT tem dois objetivos claros: a diminuição de salários e outras conquistas econômicas da categoria, e a demissão de milhares de trabalhadores, garantindo a privatização. “Essa turma não está preocupada com nosso bem-estar, se empenha em nos demitir objetivando aumentar a lucratividade ao sacrificar a categoria num mar de lama sem precedentes na história recente dos Correios”, avalia o Sintect/AL.

 Gazetaweb


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