O pequeno Theo tem apenas oito dias e já virou celebridade. Ele veio ao mundo no dia 9 de agosto, no Dia dos Pais, na Maternidade Santa Fé, no bairro Santa Tereza, na Região Leste de Belo Horizonte. O bebê nasceu com um pouco mais de 3,3 kg e com uma pequena mecha branca no cabelo. Um charme que já garantiu vários pedidos de foto com o recém-nascido e muitas curtidas nas redes sociais.
Theo é o primeiro filho da vendedora Fernanda Oliveira dos Santos, que ficou muito apreensiva após dar à luz. Na sala de parto, antes de ela ver o filho, o marido, Enderson Eliziano da Conceição, e os médicos começaram a falar da mechinha. “Fiquei desesperada porque não via o Theo. O meu marido olhando com olho arregalado e eu não via”.
Ao ver o bebê, foi uma surpresa. “Gente, o que é isso?”. Mas só quando chegou ao quarto da maternidade, a mamãe de primeira viagem conseguiu ver direito o charme do filho.
“Todo mundo ficou apaixonado. Ele tirou foto com todas as enfermeiras”, contou a mãe. O pequeno Theo tirou tantas fotos, que o casal achou que ele seria conhecido pela família antes mesmo de chegar em casa.
O sucesso não ficou só na maternidade. A vendedora disse que no posto de saúde de Lagoa Santa, na Região Metropolitana, Theo virou o centro das atenções quando foi tomar as primeiras vacinas. Novamente, foram muitos pedidos de foto. Nas redes sociais, o assunto não é outro, a cada foto que a mamãe posta, os comentários são sobre a charmosa mechinha branca do recém-nascido.
Piebaldismo
Piebaldismo é uma condição genética hereditária autossômica dominante. Ela pode fazer com que a criança nasça com uma mecha do cabelo sem cor ou com algumas manchinhas brancas pelo corpo, ou com os dois, na maioria dos casos, explica o professor e dermatologista da Universidade Federal de Minas Gerais, Bernardo Gontijo.
A condição é hereditária, ou seja, alguém da família teve também. No caso do pequeno Theo, um tio dele também nasceu com a mecha branca no cabelo. Mas não é motivo de preocupação porque não afeta a saúde da criança.
“O piebaldismo não vai repercutir na vida criança do ponto de vida médico. É um problema puramente estético”, afirma o professor e dermatologista.
Gontijo explica que a produção da melanina, que dá cor à pele e ao cabelo, ocorre ainda durante a gestação, quando é ainda um feto. No caso do piebaldismo, esse processo é interrompido, ou então, não se desenvolve bem, e aquela parte nasce sem cor.
Essas “lesões” brancas são fixas. No caso de ser na pele, é preciso caprichar no protetor solar porque, como não há melanina naquela região, não há proteção. No caso das charmosas mechas de cabelo branco, não há com que se preocupar e, no caso, de esteticamente não estar satisfeito, a noticia é boa: é só pintar.
‘Ser diferente é legal’
Há cerca de 2 anos, outro neném com piebaldismo ganhou o coração dos mineiros. Mayah Aziz Oliveira nasceu no fim de 2018 e, assim como Theo, começou a fazer sucesso ainda na sala de parto.
Ela é filha de Talyta Youssef, que também leva nos cabelos a mecha branca.
“Foi bem na fase adulta que eu entendi que isso poderia ser legal, principalmente a do cabelo. A do cabelo foi um pouco antes que eu percebi que ser diferente seria legal. Eu era única. E aí eu comecei a usar isso ao meu favor. E aí eu comecei a virar o jogo pra mim. E eu acho muito interessante isso ser a ferramenta que faz as pessoas terem ternura por ela”, destacou na época do nascimento.
G1 Minas Gerais