Assessores do governador também vão precisar se explicar sobre caixa 2 em campanha de 2014
Além do governador Renan Filho (MDB), outras pessoas do seu círculo íntimo vão precisar prestar esclarecimentos à Polícia Federal. Por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, relator da Lava Jato, os suspeitos de atuarem com o caixa 2 da campanha de Renan Filho em 2014 foram intimados pela Polícia Federal na operação realizada nessa terça-feira (6), nas cidades de Maceió e Florianópolis.
Por decisão do STF, as equipes da Polícia Federal cumpriram mandados de busca e apreensão contra o marqueteiro pessoal do governador, Carlos Adriano Gehres.
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No curso da investigação, a polícia apontou que ele atuou na emissão de notas fiscais para justificar o caixa 2. O valor seria de R$ 1,7 milhão. As ordens judiciais foram cumpridas em Florianópolis, onde ele mantém um escritório e uma residência. Contra o marqueteiro de Renan Filho, recai também as suspeitas de lavagem de dinheiro e associação criminosa. Procurado pela redação da Gazetaweb, Adriano Gehres não quis se manifestar.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, Roseane Nogueira Andrade, contadora da campanha de 2014, Ricardo José Gomes da Rocha, motorista e assessor do gabinete do governador, e José Aparecido, ex-chefe de gabinete de Renan quando este era deputado federal, foram intimados pela PF a depor no curso da operação federal.
No pedido enviado ao Supremo Tribunal Federal, a Polícia Federal descreve a suposta participação de cada um no crime de caixa 2. Dos 27 governadores, apenas dois – Renan Filho e Helder Barbalho (MBD) – estão sendo investigados nessa operação. A ação é fruto da delação do ex-executivo da J&F Ricardo Saud, que revelou o esquema envolvendo o governador.

Decisão do STF determina busca e apreensão em endereço de Gehres