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Cabo atuava no Batalhão de Polícia de Trânsito; investigação concluiu que ele obrigava as vítimas a entregarem dinheiro ou realizarem PIX.

Militares atuavam no BPTran

Um botijão de gás e duas caixinhas de cerveja. Estes foram alguns dos itens que o cabo da Polícia Militar de Alagoas (PM-AL) Walter Alves Brabo Júnior, expulso da corporação nessa quarta-feira (18), teria pedido a motoristas abordados por ele enquanto trabalhava no Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran). A soldado Bruna de França Rocha também foi expulsa da corporação, acusada de integrar a organização criminosa, liderada por Walter Alves.

O comandante-geral da Polícia Militar de Alagoas, coronel Paulo Amorim, entendeu que o cabo Júnior era o chefe de uma organização criminosa que abordava condutores de veículos com possíveis irregularidades de trânsito a fim de solicitar vantagem indevida para deixar de realizar suas atribuições como policial.

A investigação interna da PMAL concluiu que o cabo Júnior obrigava as vítimas a entregarem dinheiro ou realizassem PIX para uma conta bancária aberta somente para esta finalidade. Por isso, a conclusão foi de que ele praticou os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Um dos motoristas abordados pelo cabo Júnior contou que estava em uma rua do Jacintinho e foi parado por uma guarnição da Polícia Militar, composta por três militares, sendo que cada um dos policiais militares estava abordando uma motocicleta, e que o policial militar de nome Júnior o abordou, de forma tranquila e educada, e solicitou os documentos da motocicleta e a habilitação.

O motorista então disse que estava sem a habilitação e solicitou a policial se poderia mostrar o documento por foto, que seria enviada pela sua esposa pelo whatsapp. O policial teria aceitado a proposta. O motorista contou que antes disso ficaram conversando e o policial perguntou em que o motorista trabalhava, e ele informou ser proprietário de uma pequena distribuidora de bebidas.

Então, antes de liberar o motorista, o policial militar pegou o contato telefônico dele e entre dois e três dias após o ocorrido, o policial militar entrou em contato e, de forma tranquila, informou ao motorista que iria tomar umas cervejas no final de semana e perguntou se ele não poderia presenteá-lo com duas caixinhas de cerveja, O motorista disse em depoimento que concordou, de livre e espontânea vontade, e até de forma a retribuir a gentileza do policial militar na abordagem de dias atrás. As cervejas foram entregues em um estabelecimento comercial onde o policial trabalhava como segurança.

UM BOTIJÃO DE GÁS

Em outra ocorrência, o gerente de uma empresa distribuidora de gás de cozinha contou que recebeu uma ligação do motorista da empresa informando que tinha sido parado por uma guarnição da Polícia Militar. O motorista então passou o telefone para um homem, policial militar que não sabe o nome, e este lhe informou que alguma coisa estava errada no caminhão e solicitou que o gerente lhe desse um botijão de gás para liberar o caminhão.

O gerente então disse que não poderia dar um botijão de gás do caminhão porque o motorista teria que prestar conta da falta da mercadoria quando chegasse na empresa e que disse para o policial militar que até poderia dar um botijão de gás, desde que o policial fosse até a empresa buscar. O policial então concordou, e o gerente solicitou ao motorista que deixasse o número de contato dele com o policial militar. A partir deste momento o caminhão foi liberado.

No mesmo dia, o militar ligou e informou que não poderia buscar o gás na empresa. O gerente então disse ao policial que poderia levar o botijão de gás em um local indicado pelo mesmo, tendo em vista o policial não poder ir buscar na empresa. Depois disso houve contatos telefônicos de ambas as partes, tentando marcar um local e dia para entregar o botijão de gás para o militar.

Três ou quatro dias depois, o policial militar acabou indicando um local para o gerente deixar o botijão de gás, uma borracharia no Eustáquio Gomes. O gerente então deixou o botijão de gás na borracharia, onde um senhor de idade já o esperava com outro botijão de gás vazio, onde foi feita a troca do botijão vazio pelo cheio. Após a entrega não houve mais contato, segundo o gerente.

Soldado da PM também foi expulsa

Uma soldado foi expulsa da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL) acusada de integrar uma organização criminosa com a finalidade de abordar condutores com possíveis infrações de trânsito e cobrar valores, em dinheiro ou pix, para que as irregularidades deixassem de ser registradas.

UM BOTIJÃO DE GÁS

Em outra ocorrência, o gerente de uma empresa distribuidora de gás de cozinha contou que recebeu uma ligação do motorista da empresa informando que tinha sido parado por uma guarnição da Polícia Militar. O motorista então passou o telefone para um homem, policial militar que não sabe o nome, e este lhe informou que alguma coisa estava errada no caminhão e solicitou que o gerente lhe desse um botijão de gás para liberar o caminhão.

gazetaweb