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VÍDEO. Jornalista é obrigado a apagar imagens feitas com bandeira pernambucana por causa de ‘arco-íris’
Arco-íris da bandeira pernambucana foi confundido com símbolo LGBTQIA+, proibido no Catar – Foto: Reprodução

Um jornalista pernambucano teve o celular apreendido por um homem vestido com trajes árabes acompanhado por um policial no Catar por gravar imagens de uma bandeira do estado de Pernambuco nesta terça-feira (22), nos arredores do Lusail, onde Argentina e Arábia Saudita se enfrentaram pela Copa do Mundo.


Victor filmava voluntários do Recife, que pediram a bandeira pernambucana para registrar a presença do Estado no evento esportivo. Por ter um arco-íris, nas cores vermelha, amarela e verde, o símbolo pernambucano foi entendido por policiais locais como desrespeito às normas do país que sedia a Copa.


O jornalista foi obrigado a apagar todas as imagens feitas com a bandeira pernambucana, apesar da autorização de registrar o que acontece no Mundial no Catar, enquanto imprensa, e ainda teve que provar que o manto do Estado de Pernambuco não teria relação com a causa LGBTQIA+, como explicou, em desabafo, nas redes sociais.


‘Eu fui atacado por alguns integrantes do Catar e policiais, eles vieram para cima das meninas achando que tínhamos uma bandeira LGBT, mas é de Pernambuco’, disse. ‘Eles pegaram meu celular e só me devolveram porque eu apaguei os vídeos que havia feito. Isso é um absurdo porque temos autorização da FIFA para filmar absolutamente tudo.’


O caso ocorreu logo após a partida entre Arábia Saudita e Argentina, próximo ao Lusail Stadium, nesta terça-feira. Victor estava acompanhado do também jornalista pernambucano, Kelvin Maciel, o dono da bandeira de Pernambuco, e que registrou o momento da abordagem.


Victor Pereira, que já foi repórter da CBN Recife, conseguiu recuperar o aparelho celular e também a bandeira pernambucana e afirmou que vai denunciar o caso ao chefe de comunicação do estádio, assim como também pedir as imagens das câmeras de segurança da área.


O Catar considera a homossexualidade crime desde 2004, que pode resultar em prisão e até pena de morte. Apesar da diversidade dos demais países, a legislação local não foi flexibilizada para o Mundial, o que ainda tem gerado repercussão entre atletas e torcedores que acompanham a Copa do Catar.

Fonte: Jaé Notícia