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Investigações que resultaram na Operação Flashback mostram protagonismo feminino no tribunal do crime

A Operação Flashback II, deflagrada nesta terça-feira (28) em Alagoas, revelou que um grupo de mulheres está no comando do crime. As investigações apontam que elas atuam com extrema violência nas ações que são efetuadas pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) no estado. Mostram também que elas não estão apenas no comando das ações, mas atuando efetivamente no tribunal do crime. 

Os áudios divulgados à imprensa pelas autoridades que participaram da operação revelam os diálogos entre as suspeitas, com as criminosas narrando friamente como cometeram os crimes, inclusive tirando a vida de uma pessoa no tribunal do crime. Uma delas narra que efetuou disparos após descobrir que a vítima ainda estava viva. 

A vítima seria integrante do Comando Vermelho, rival do PCC> “(…) primeiramente, meu irmão deu três tiros nele e a gente saiu correndo, mas logo em seguida a gente ouviu que ele ainda agonizava. Cheguei sim e abri uma [inaudível] para comemorar porque a gente matou um lixo”, revela um trecho da conversa divulgada pela polícia.   

Mulheres assumem comando de organização criminosa em AL

Nas investigações da Operação Flashback II, desencadeadas pelas equipes da Deic de Alagoas, ficou observado o protagonismo das mulheres ligadas ao PCC, com notado avanço na ocupação de cargos de chefia no organograma da organização criminosa. 

De acordo com os levantamentos minuciosos da referida unidade da Polícia Civil de Alagoas, as mulheres têm perfil igualmente violento quanto o dos homens da facção, quando definem julgamentos ocorridos nos tribunais do crime. 

As que possuem funções disciplinares conduzem normalmente estes rituais, elaborando as suas “peças conclusivas”, que resultam em condenações ou absolvições. Elas aplicam as mais diversas penas, inclusive, assassinando rivais ou, mesmo, membros transgressores do PCC.

Ficou constatado pela unidade especializada que o núcleo das Damas do Crime é composto por 18 mulheres e apenas um homem que, somados aos demais núcleos da operação, totalizam 40 mulheres alvos de mandados de prisão e busca e apreensão, que correspondem a 18% do total de alvos da operação. 

Vale destacar que, na fase I da Operação Flashback, apenas sete mulheres foram alvos de mandado judicial, o que, agora, corresponde a um aumento de 557% nesta segunda etapa.


Gazetaweb