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Dois estudos publicados na respeita revista Nature mostram que cientistas da Universidade da Carolina do Norte (UCN) em Chapel Hill e da Universidade Emory, ambas nos Estados Unidos, descobriram como inverter a latência de células infectadas pelo vírus do HIV, em níveis impressionantes no sangue e em muitos tecidos diferentes, com pouca ou nenhuma toxicidade.

Mais de 38 milhões de pessoas estão infectadas pelo vírus do HIV em todo o mundo. Embora a terapia antirretroviral possa suprimir o HIV a níveis indetectáveis no sangue, o vírus permanece “escondido” em células CD4 e linfócitos T. Nesses casos, o sistema imunológico não consegue conhecer o vírus, e nenhuma terapia atual pode eliminá-las.

Mas as novas pesquisas podem abrir caminhos para encontrar uma saída. O trabalho realizado na Faculdade de Medicina da UCN usou camundongos com células imunológicas humanas saudáveis, as favoritas do HIV. O pulo do gato usado pelos cientistas foi um composto chamado AZD5582, que faz com que as células comecem a produzir as proteínas específicas, deixando o vírus exposto. “Ninguém havia testado com sucesso uma molécula de reversão de latência em humanos ou em um modelo animal com células humanas”, disse J. Victor Garcia, um dos autores do estudo e professor da UCN.

Já o outro estudo, feito na Emory, também conseguiu inverter a latência de células infectadas, porém, com uma estratégia diferente. O grupo usou uma combinação de substâncias para inibir os linfócitos T CD8, fazendo com que atividade do vírus diminuísse e aumentasse a produção de interleucina, uma molécula que atua na regulação da imunidade.

Juntas, essas descobertas mostram que o HIV pode, sim, ser retirado do seu “esconderijo” e abrem uma gama de possibilidades para o desenvolvimento de novas terapias que um dia podem levar à cura da doença.

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