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No primeiro dia de retorno ao trabalho, após nove dias de greve, vários jornalistas da Organização Arnon de Mello (OAM) foram demitidos nesta quinta-feira (4), especificamente na TV Gazeta, G1 Alagoas e TV Mar. Até o momento, as demissões atingem 15 profissionais, entre repórteres, apresentadores, repórteres cinematográficos e produtores.

Conforme informações de bastidores, o número de demitidos na OAM pode aumentar até o começo da noite.

A expectativa é que ocorram desligamentos também no grupo Opinião (TV Ponta Verde e site OP9) e no Pajuçara Sistema de Comunicação (PSCOM). Segundo jornalistas que trabalham nesses locais, o clima é de tensão e hostilidade entre aqueles que aderiram à greve e os que não aderiram.

Ontem, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) definiu, além da manutenção do piso, com 3% de reajuste, estabilidade de três meses. A questão é que, entre as dezenas de jornalistas demitidos do jornal Gazeta de Alagoas (que deixou de ser impresso para se tornar semanário) no ano passado, a maioria ainda não recebeu os direitos trabalhistas.

Retaliações

Em nota, o Sindicato dos Jornalistas do Estado de Alagoas (Sindjornal) manifestou total solidariedade aos profissionais vítimas das retaliações – demissões ou mudança de funções – que configuram perseguição e assédio moral, dizendo entender que tal comportamento configura dano coletivo à categoria.

O Sindicato esclareceu ainda que até a publicação do Acórdão do julgamento do TRT, prevalecem os  direitos de greve dos trabalhadores, e que, desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira, ao tomar conhecimento das ocorrências de demissões no grupo OAM, está  atuando, junto aos seus advogados, com todas as providências jurídicas possíveis e adotando todas as articulações que o caso requer.

Os demitidos foram:

Adelaide Nogueira

Daniel Ziliani

José Agatangelo

Roberta Colen

Klebs Lós

Yasmin Pontual

Luciana Chaves

Mauro Wedekin

Derek Gustavo

Felipe Farias

Warner Filho

Carlos Frazão

Nildo Lopes

Cleide Oliveira

Marcos Rolemberg

 

Confira a nota na íntegra:

NOTA DO SINDJORNAL

Primeiramente o Sindicato dos Jornalistas do Estado de Alagoas manifesta total e irrestrita solidariedade aos companheiros e companheiras que estão sofrendo, nas empresas, medidas retaliativas – demissões ou mudança de funções – que configuram perseguição e assédio moral, em decorrência de participação na justa greve – legalmente reconhecida pela Justiça do Trabalho – contra a tentativa de redução salarial por parte dos grandes grupos de comunicação do Estado.

Entendemos que tal comportamento configura ainda dano coletivo à categoria e à sociedade e prática antissindical, condutas estas que vão de encontro aos princípios constitucionais de direito de greve e organização sindical.

O Sindicato esclarece que até a publicação do Acórdão do julgamento do TRT, prevalecem os  direitos de greve dos trabalhadores, e que, desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira, ao tomar conhecimento das ocorrências de demissões no grupo OAM, está  atuando, junto aos seus advogados, com todas as providências jurídicas possíveis e adotando todas as articulações que o caso requer.

Ainda na tarde desta quinta-feira (às 15h) a diretoria do Sindjornal estará se reunindo com todos os profissionais demitidos, na sede do Sindicato, para as devidas orientações.

Ao mesmo tempo, convoca toda a categoria para uma assembleia extraordinária, no Sindicato dos Bancários, às 19h30 desta quinta-feira, para os devidos informes e encaminhamentos necessários.

Não esqueçamos: Nossa união é nossa força. Juntos somos fortes e vamos vencer mais essa batalha.

A DIRETORIA

 

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