Rodrigo é o protagonista, mas Maurício é o fato novo da eleição

Retornando das férias.

Num Estado onde Lula (preso e fora dos debates) lidera com 55% das intenções de voto (Ibope), Rodrigo Cunha apresenta uma série de dificuldades para o êxito no pleito ao Senado. Simples de entender: Como ele “ainda” não quer se misturar com os aliados cabeça de chapa e o povo não se mostra convicto da necessidade de se livrar dos frutos podres, o indicativo é que teremos a maioria dos mesmos que buscam a reeleição na Assembleia Legislativa e em Brasília.

Sem empolgação
Na eleição mais curta da história, o discurso de pouco tempo para visitar as bases está longe da realidade. Basta olhar nas avenidas de Maceió, Arapiraca, União dos Palmares, Rio Largo, Delmiro Gouveia, Palmeira dos índios e Marechal Deodoro (principais colégios eleitorais) para perceber que a eleição ainda é uma incógnita (para todos os cargos).

De deputado estadual a presidente da república o número de indecisos e os que afirmam não ter a intenção de votar em nenhum deles é alarmante.

Por enquanto, os especialistas que se aventuram a opinar sobre o pleito focam na fala da acirrada disputa ao senado. É um engano de quem tem muita ciência e pouca (ou nenhuma) experiência com o campo de batalha.

Os equívocos
O primeiro, e mais voraz deles, foi acreditar que a eleição ao Governo seria WO. O desdém ao pleito estadual motivou uma verdadeira sangria por debaixo dos panos (típico no ramo político). Não precisa ser cientista político para compreender que, com a entrada de Collor ao governo, houve um efeito dominó, que mexeu quase que totalmente na forma de jogar do bloco liderado pelo MDB.

Leitura do momento
Os primeiros números divulgados pelo Ibrape e Ibope mostram, tão somente, um cenário provisório e já esperado pelos grupos. Mas os eleitores não conhecem os números e as tendências internas. É aí onde convivem lado a lado o segredo e o perigo da derrota.

Até os próximos levantamentos, que devem receber o reforço dos institutos Vozes e Paraná, os bastidores seguem arrepiantes, com linguagem proibida para menores de 16 anos.

Até lá o assunto mais badalado é a disputa pelo senado. Não é novidade que os favoritos Renan e Benedito já sentem a presença de Rodrigo Cunha e Maurício Quintella. Os números internos confirmam que a diferença do primeiro para o quarto colocado é de apenas 9 pontos. A lembrar que muito mais da metade do eleitorado aindanão decidiu em quem votar.

Tudo é possível
Mesmo com Renan e Benedito na dianteira, o protagonista da eleição ao senado é Rodrigo Cunha. Para piorar a situação, Renan e Benedito só não contavam com a astúcia e profissionalismo de Maurício Quintella, indiscutivelmente o fato novo de maior relevância. O líder estadual do PR foi fisgado pelo MDB para uma missão, que agora é questão de vida ou morte. Quintella, de azarão, é, de longe, o mais organizado e preparado (estrutura) para chegar lá.

Se alguém duvida, basta fazer as contas e confirmar que o ex-ministro dos Transportes entrou na onda do expresso 222 (com força). 

E a disputa ao governo? É melhor esperar os próximos números oficiais.

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