PARALIZAÇÃO DOS CAMINHONEIROS

Foto – TNH1

A paralisação dos caminhoneiros apesar de estar contando com a aprovação da população, causam inúmeros prejuízos.

Em Alagoas, estima-se que esses prejuízos possam chegar a R$ 640 milhões a se considerar todas as atividades produtivas (comércio, serviços, indústria e agropecuária). Esse cálculo feito por um assessor da FECOMÉRCIO foi estimado com base na avaliação projetada do PIB alagoano de 2015 para 2018. Mesmo sem ser precisa, foi estimada a produção de riqueza diária no Estado e não se levou em conta o estoque de produtos e insumos em todas as cadeias produtivas.

Ainda por conta da escassez de alguns produtos, tais como os combustíveis, ainda existe o prejuízo para o consumidor e para o empresário que não terá como abastecer.

AUMENTO DE PREÇOS

Um problema grave é o aumento de preço pela baixa oferta do produto. Pela opinião de economistas, esta é uma situação normal num sistema capitalista onde o produto acaba sendo valorizado. Além de tudo o medo do desabastecimento levam as pessoas a querer estocar alimentos e combustível para se precaverem.

QUEM DEVE CEDER

O Governo Federal precisa ceder temporariamente para normalizar a situação de entrega de produtos e insumos, mesmo em detrimento da falta de investimento em outras áreas não tão emergenciais.

As medidas devem ser tomadas também pelos governos estaduais em se considerando a composição do custo do combustível. Em Alagoas, apesar da Petrobrás repassar o combustível a R$ 1,70, o produto chega ao consumidor com incrementos de 28% de ICMS, PIS/Cofins (R$ 0,79 por litro) e a CID (R$ 0,10 por litro), além das despesas de transporte e lucro dos postos distribuidores.

EFEITOS

As quatro empresas que fazem o transporte de passageiros na capital alagoana decidiram reduzir a frota de ônibus em 40% neste sábado, 26 depois da decisão da continuidade das mobilizações pelos caminhoneiros. Eles estão há seis dias interditando as rodovias e impedindo a chegada de combustível em várias capitais de todo o Brasil.

Todas as linhas estão circulando pela cidade, porém, com frota de domingo, quando o número de veículos é 40% menor. A medida foi autorizada pela Superintendência Municipal de Transporte e Transito – SMTT.

O prejuízo aparente e que causa maior efeito é com relação ao transporte aéreo.

Deve-se levar também em consideração os efeitos mais dramáticos como na saúde e na segurança, onde vidas humanas podem ser afetadas.

A falta de produtos nos postos de combustíveis já é notada. Vários postos não têm mais o produto e naqueles que ainda tem as filas estão enormes.

Em Marechal Deodoro o único posto com combustível enfrenta enormes filas Foto Valmir Francelino

A situação também é crítica na maioria das cidades do interior de Alagoas, onde desde o início da semana os motoristas estão tendo que lidar com a escassez ou a falta total de estoque do produto.

As informações mais recentes dão conta que em Maceió, por exemplo, apenas dois postos têm algum combustível.

Nas centrais de abastecimento da capital os hortifrútis já são escassos. Nos supermercados alguns produtos também já não mais estão sendo ofertados.

Apesar das reivindicações serem justas e contarem com o apoio da população, algo precisa ser feito para solucionar com brevidade o impasse e minimizar os efeitos.

Desabastecimento em supermercados
Desabastecimento na CEASA

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