DESABRIGADOS EM MARECHAL SEM ATENDIMENTO

Vários desabrigados em diversas localidades reclamam da deficiência no atendimento por parte dos órgãos públicos

Nossa equipe percorreu várias localidades atingidas pela enchente do dia 26 do mês passado e recebeu reclamações de muitos desabrigados.

Em nota na ocasião, a prefeitura municipal anunciou que 111 famílias tiveram as casas atingidas. Destas, 34 não tiveram para onde ir, ficaram desabrigadas e foram levadas para três abrigos e dois ginásios. As demais conseguiram ir para casas de parentes e amigos, mas segundo moradores da Ilha do Porto, nas imediações dos Morros, eles foram esquecidos.

Uma desabrigada da Ilha afirmou que a única coisa que eles receberam lá foi cesta básica. Alguns ainda receberam um colchão e mais nada. A comunidade reclama que, abandonados pelo poder público, passam por grandes necessidades.

Os desabrigados da Ilha afirmam ainda que houve um cadastro feito para que eles recebessem ajuda, mas na maioria deles não recebeu nada. “Eles (defesa civil e Pessoal da Prefeitura) ficaram de vir aqui para fazer um cadastro, mas não veio ninguém. A gente é que teve que ir lá (Prefeitura), mas eles disseram que a defesa civil ainda viria aqui para ver se nós estávamos mesmo precisando.”

Disseram ainda que, há aproximadamente um ano atrás, cadastraram muita gente para ganhar uma casa e desocupar a área que é de risco. E até agora eles permanecem na mesma situação e ninguém apareceu para dar uma justificativa.

Em outros locais, os desabrigados denunciam também que estão recebendo alimentos estragados inclusive com a presença de larvas nos gêneros.

Em um jornal local, uma funcionária de um supermercado do Francês disse que vê “muitas doações entrarem, mas não vê saírem de lá, sugerindo que os donativos não estão sendo distribuídos.

“Seria importante – disse uma moradora da Ilha – que os órgãos competentes procedessem uma investigação rigorosa para apurar a veracidade das acusações e encontrar os culpados pelos supostos desvios.”

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