Collor recebeu R$ 800 mil de propina da Odebrecht com promessa de ajudar a empresa em Alagoas

O senador por Alagoas e ex-presidente da República, Fernando Collor de Mello, recebeu da Odebrecht um valor de R$ 800 mil, em caixa dois de campanha, em 2010.  Segundo delatores da construtora, o dinheiro foi repassado mediante uma promessa do senador de ajudar a empresa a entrar no setor de saneamento no Estado de Alagoas.

A afirmação é de Fernando Cunha Reis e Alexandre Barradas, ex–presidente e diretor da Odebrecht Ambiental, respectivamente. Eles contam que o fato aconteceu durante uma reunião na casa de Collor em Maceió, no dia 12 de agosto de 2010.

Na ocasião os problemas do estado na área de saneamento foram discutidos e a Odebrecht demonstrou interesse em investir no setor, inclusive com a privatização da empresa estatal. O senador então teria ouvido a demanda dos executivos e feito o “pedido de vantagem indevida”.

Collor teria afirmado que só poderia seguir com as propostas sugeridas, se fosse eleito e, para isso, precisaria de contribuição para a camapanha. Para os executivos, apostar na candidatura do político alagoano seria viável por ele ser uma forte liderança e estar alinhado com os propósitos da construtora.

A entrega do dinheiro foi ajustada entre Alexandre Barradas, então diretor da empresa, e Euclydes Mello, aliado e ex-suplente de Collor no Senado. A ordem para o repasse foi feita via setor de operações e estruturas e o pagamento foi feito em dinheiro vivo.

Fernando Collor é identificado pelo codinome de “Roxinho” nas planilhas de pagamentos da empresa. Apelido dado devido sua declaração em 1989, durante sua campanha para presidente, de que tinha “aquilo roxo”.

O senador divulgou nota  onde nega “de forma veemente” ter recebido qualquer vantagem indevida e não contabilizada, durante a campanha eleitoral de 2010.

*com informações UOL

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