Renan Calheiros e líder do PSDB se estranham em discussão sobre comissões

Os líderes do PMDB e do PSDB no Senado, respectivamente Renan Calheiros e Paulo Bauer, se estranharam na sessão de ontem, 7, devido a supostas declarações do tucano em entrevistas à imprensa.

Segundo reportagem da Agência Senado, Calheiros reclamou que Bauer teria dito que as comissões permanentes da Casa estavam indefinidas porque o senador alagoano estaria reservando a Comissão de Relações Exteriores para o conterrâneo Fernando Collor (PTC), visando apoio eleitoral em 2018.

“Se não é verdade essa declaração, cabe ao senador Paulo Bauer vir aqui dizer que não é verdade. Ou, então, se é verdade, pedir desculpas, porque eu não vejo como prosperar uma relação entre dois líderes de partidos dessa forma. Eu sei que foi uma declaração carnavalesca, mas, mesmo assim, é importante que se saiba se foi verdade ou não foi verdade”, disse Calheiros.

Em resposta, Bauer afirmou nunca ter faltado com decoro ou respeito com qualquer senador em suas declarações, embora ninguém desconheça “a existência de um propósito e uma intenção de contemplar a presidência da CRE na direção de um dos senadores”.

O tucano disse que seu partido não tem restrições a esse “entendimento”, mas, também não pode abrir mão de posições consideradas importantes, “para que se façam acordos com outros partidos menores ou com outros parlamentares”. Ele afirmou ainda que evitaria mencionar o nome de Renan em “off” durante conversas com jornalistas e se desculpou pelo eventual mal entendido.

A discussão não terminou por aí. Renan lembrou que o PMDB cedeu a segunda escolha a que teria direito entre as comissões (a Comissão de Assuntos Econômicos) ao PSDB.

Bauer disse que a reivindicação do PSDB em presidir a CAE foi conversada com o presidente do Senado, Eunício Oliveira, e que, se não for mantido o acordo, o partido abre mão para que seja aplicada a regra da escolha pela ordem proporcional.

“O PSDB não faz negócio, não troca apoio por espaço político, o PSDB não negocia em favor de pessoas”, concluiu, classificando a discussão como “desnecessária”.

*Com Agência Senado

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *