Calheiristas e Palmeiristas, aliados e perus não precisam arregalar os olhos por conta dos números do Instituto Paraná. A pesquisa, encomendada pelo portal Diário do Poder, que tem à frente o notável colega Cláudio Humberto, é válida e oportuna, ainda que muita gente veja como prematura e descabida.
Os nomes postos são os que se ensaiam e os números apresentam uma realidade aproximada para o momento. Focarei, aqui, na intenção ao Governo do Estado, que tem Renan Filho e Rui Palmeira na dianteira, bem distantes do terceiro colocado, o surpreendente Fernando Collor de Mello, que mantém fãs esperançosos. Sim, Collor não tem eleitores.
Pelos números do Instituto Paraná, Renan Filho seria reeleito em todos os cenários e levaria ainda mais vantagem sem Collor na disputa. Num eventual segundo turno o atual governador ampliaria a vantagem sobre Rui Palmeira.
Vamos aos números para o Governo:
Renan Filho 31,7%
Rui Palmeira 26,1%
Fernando Collor 14,4%
Benedito de Lira 8,1%
Paulão 5,3%
Em se tratando de política este cenário é possível, mas muito difícil de acontecer.
Então. Sem Collor na parada,
Renan Filho passa para 36,5%
Rui Palmeira sobe para 29,5%
Benedito de Lira pula a 10,5%
Paulão para 5,7%.
Os analistas sabem que os números são frios, mas escondem o pulo do gato. A pesquisa foi realizada em Maceió e outras 45 cidades. Neste caso o critério de rejeição é uma armadilha para os números, que reprovam Renan Filho e Rui em tudo, mas aprovam suas administrações na casa dos 60%.
Há um ano e meio do pleito o atual governador tem rejeição de 27%, contra 20,1% de Rui, que é prefeito da capital. Sua reprovação, em tese, é baseada na sua gestão em Maceió.
Rejeição mesmo é ao senador benedito de Lira, que nunca governou e aparece com 42,6%, maior até que a do deputado federal Paulão, do combalido PT, que aparece com 38,5%.
Os números são frios e a regra não é clara, já que não há nem pré-candidatos. As suposições devem ser vistas como indicativo de opinião e são válidas porque os números são oficiais e confiáveis, mas não representam a realidade de candidaturas postas.
Por fim, vale destacar e confirmar o ótimo momento para o governador Renan Filho e o prefeito Rui Palmeira. O Estado de Alagoas está vencendo a crise econômica porque temos dois gestores focados e com olhos arregalados para o futuro.
Sobre a possível candidatura de Rui ao Governo do Estado, tenho algumas considerações.
A primeira é que seu sonho não é o governo e, sim, o Senado. Ele não esconde e seu staff sabe disso.
O segundo ponto é que ele precisa cumprir sua missão e está indo muito bem. Rui é jovem, de família tradicional e não precisa se antecipar ao tempo, por corda de meia dúzia de perus e aliados que vislumbram apenas as bonanças.
O terceiro ponto é que não há necessidade de Rui trocar o certo pelo duvidoso. O governador Renan Filho faz um governo baseado em indicadores, com planejamento, execução e conclusão de metas. Não há motivo que justifique mudar o rumo das coisas. O texto seria diferente se a mesma pesquisa ou as demais apontassem que o governador esteja em situação difícil, perante a opinião pública.
Ainda que queiram o embate, seria um risco EXTREMO e DESNECESSÁRIO porque os dois líderes, mesmo na oposição, estão fazendo o dever de casa, em meio a uma crise nacional sem precedentes.
É assim que exergo o momento.
