SIMPLICIDADE E LONGEVIDADE  

 

pablo-picasso-flores Ao nos debruçarmos numa análise com isenção de paixões, de ambições, de individualismos e de todo e qualquer sentimento mesquinho, certamente chegaremos a uma contundente conclusão: as mais belas coisas estão nos mais simples e despretensiosos momentos.

A simplicidade nos parece ser o mais acertado modo de vida que pode nos levar a viver longevos momentos com mais saúde e paz de espírito.

Para começar vamos procurar iniciar nesse novo modo de vida por eliminar tudo que nos pareça supérfluo. Difícil? Não tanto se definirmos como parâmetro viver com o mínimo essencial. Será que nossa vida piorará se apenas tivermos dois ou no máximo três pares de sapatos, um para cada momento? Da mesma forma que não nos fará mais feliz e competentes se tivermos vinte camisas, dez calças, três carros, várias casas.

O excesso de bens, aparentemente relacionado à felicidade dos mais afortunados pode, por outro ângulo, vir recheado de mais problemas e preocupações. Administrar o excesso toma tempo que nos impede de aproveitar o que a vida nos proporciona de melhor – a beleza dos simples momentos.

O bem viver advém de frequentes reuniões com amigos, alegres, descontraídos e otimistas. Esquecer os parâmetros como peso, altura, idade, status, aparência, entre outros que os vazios e pobres de espírito estabelecem e tomam como meta de vida.

Não podemos desprezar as atividades físicas e intelectuais, pois o corpo não quer moleza nem o cérebro a inanição pela falta de estímulos. Rir sempre com as piadas, fatos engraçados, até com os que nos afetam. Lágrimas só as do excesso de risos ou de boas emoções sentimentais. As fatalidades não merecem ser cultuadas. Buscar coisas novas, variar e inovar estão atrelados às surpresas, às descobertas, ao êxtase e à felicidade. O passado passou e só nos serve como fonte de experiências, mas nunca de nostalgia.

pablo-picassoSe nos esforçarmos para assim viver chegaremos à conclusão que o segredo do bem viver é amar a vida e aos semelhantes, com intensidade, com alegria, com o colorismo que Pablo Ruiz Picasso, pintor espanhol, escultor, ceramista, cenógrafo, poeta e dramaturgo apregoava ser necessário ao recomendar que devemos “acender as cores que carregamos dentro de nós. ” Façamos nossa uma de suas famosas frases – “Há pessoas que transformam o sol em uma pequena mancha amarela, porém há também as que fazem de uma simples mancha amarela  o próprio sol.”

 

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