A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, pautou para 1º de dezembro o julgamento da denúncia que acusa o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de ter despesas pessoais pagas pela Mendes Junior. Segundo as investigações, a empreiteira pagou pensão alimentícia à jornalista Mônica Veloso, com quem o parlamentar tem uma filha.
Se o plenário do STF acatar a denúncia no caso Mônica Veloso, Renan será transformado em réu.
O inquérito está em segredo de Justiça e tramita no Supremo desde 2007. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia em janeiro de 2013, mas ela ainda não foi analisada pelo STF.
Renan nega irregularidades e tem dito que já deu todas as explicações sobre a denúncia. Ele responde por peculato e falsidade ideológica de documento público. O caso veio à tona em 2007 e, na época, levou à renúncia do parlamentar da presidência do Senado.
Em denúncia apresentada ao STF, a PGR concluiu que o parlamentar não tinha dinheiro suficiente para pagar pensão alimentícia a Mônica Veloso. Segundo a denúncia, Renan apresentou documentos falsos para comprovar que tinha condições de arcar com a despesa. Mas as quebras de sigilo bancário mostraram o contrário.
A pensão era de R$ 16,5 mil. Mas os peritos da PF destacaram que, em 2002, o denunciado e seus dependentes tiveram renda anual de R$ 27,9 mil, ou R$ 2,3 mil mensais. Em 2004, a renda anual teria sido de R$ 102,2 mil, ou R$ 8,5 mil mensais.
Atualmente, Renan é alvo de 12 inquéritos no STF.