Uma possível candidatura do senador Fernando Collor de Mello a prefeitura de Maceió foi desmentida na manhã desta segunda-feira (12). Em entrevista a “Rádio Gazeta”, Collor (PTC) garantiu que pretende dar sequencia ao seu mandato e que Paulo Memória segue como candidato do seu partido.
A informação vinha ganhando corpo e como o prazo para candidaturas junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se encerra hoje, existia a possibilidade da candidatura que alteraria o cenário, polarizado pelo atual prefeito, Rui Palmeira (PSDB) e o deputado federal e ex-prefeito, Cícero Almeida (PMDB).
“As pessoas sempre perguntam sobre candidatura em diversos cargos e eu peço calma. Sou senador, tenho um mandato a cumprir. Não que uma candidatura a prefeito não deixe qualquer um de nós orgulhosos, mas no momento o meu compromisso é cumprir o meu mandato”, afirmou, descartando candidatura ao executivo municipal.
Collor ainda garantiu que o candidato do seu partido, o PTC, segue como Paulo Memória. “Nosso partido, o PTC, o 36, já tem um candidato que é o Paulo Memória, com o Paulo Ivon como vice. Então, naturalmente ele permanece como nosso candidato”, confirmou.
CENÁRIO NACIONAL
Durante a entrevista, Fernando Collor de Mello falou sobre o cenário da política nacional, após o Impeachment da agora ex-presidente Dilma Rousseff e a efetivação de Michel Temer.
“O atual governo Temer tem consciência da gravidade, da situação do país, da instabilidade na situação politica, justamente para conseguir a estabilidade no setor econômico. Isso só será possível com ações concretas”, disse.
O senador alagoano ainda apontou qual deve ser a principal ação de Michel Temer á frente do governo federal. “Apaziguar a base política. Sem isso, será impossível”, concluiu.
HISTÓRICO
O cargo do executivo municipal já é conhecido por Fernando Collor, que já foi prefeito de Maceió entre os anos de 1979 e 1982. Posteriormente, foi eleito deputado federal e foi representante em Brasília de 1982 até 1986, quando foi candidato ao governo e se elegeu, ficando no cargo entre 1987 e 1989.
Em 1990, foi eleito o 32 presidente da república, permanecendo no cargo até 1992, quando renunciou antes de ser condenado pelo senado federal por crime de responsabilidade, perdendo seus direitos políticos por oito anos.
Quando retornou ao cenário político, foi candidato ao governo do Estado em 2002 e acabou derrotado por Ronaldo Lessa. Quatro anos depois, foi eleito senador federal, retornando á cidade que deixou como ex-presidente.
Desde que retomou as atividades políticas, Collor sempre esteve muito ativo e no ano de 2010, foi candidato novamente ao governo do Estado, numa disputa ferrenha com Ronaldo Lessa e Teotônio Vilela, que foi eleito na oportunidade.
No ano de 2014, Fernando Collor foi reeleito senador da república, cargo que ocupa desde então. Recentemente, foi personagem na votação do Impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Na oportunidade, afirmou que conhecia o sentimento da gestora, mas não poderia votar em seu favor.
fonte : cadaminuto
