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Simplesmente atribuir o tão propalado desastre da administração pública de Marechal ao executivo é, no mínimo, um atestado de ignorância. Devemos ter a consciência que o Executivo realiza o que é autorizado pelo Legislativo. As autorizações são feitas desde a aprovação de um orçamento até a aprovação de leis complementares. Não bastasse essa autorização prévia cabe ainda ao Legislativo a função de fiscalizar, legislar e utilizar até o Poder de Polícia, quando for o caso.

A falta de responsabilidade dos vereadores reside na omissão em suas competências quando contam ainda com um órgão técnico, a nível de Estado, para lhe auxiliar – o Tribunal de Contas. Quando vemos hoje candidatos majoritários, que exercem cargo no legislativo e hoje apregoam uma oposição à atual gestão deodorense, ficamos boquiabertos com tamanha retórica digna de verdadeiros artistas nas artes de iludir. Entretanto se formos um pouco mais além de dar atenção apenas aos discursos, constataremos que esses oradores não falam a verdade em sua plenitude. Na maior parte das votações de matérias consideradas contrarias aos interesses da população, esses mesmos candidatos-vereadores, para não assumirem compactuar com o executivo, simplesmente se ausentaram das sessões. Em outras até votaram a favor.

É necessário que a população tenha conhecimento que as ações de um vereador, principalmente se dizendo oposição, não se limita a meros pronunciamentos que se perdem ao vento. Existem inúmeros recursos que poderiam adotar para exercer o seu papel de fiscal e, notadamente, um fiscal de oposição. Como última instância poderiam contar até com o Ministério Público solicitando judicialmente as providências cabíveis para cada situação.

Em outras ocasiões no passado, só para refrescar a memória, um vereador de oposição ingressou com um processo no MP, o que resultou inclusive em afastamento do prefeito. Nesta ocasião ele contou com um pequeno grupo de deodorenses que deram suporte e levaram o caso adiante.

A situação hoje pode servir de alerta aos deodorenses. Ao identificar políticos que estão deixando uma história nada elogiável em sua atuação na câmara municipal, pode-se questionar o que os credenciaria a exercer o cargo de prefeito. Observando e analisando o passado, é que podemos projetar o futuro, com mais segurança para a primeira capital do Estado de Alagoas.