Um duplo assassinato cometido no dia 7 de março deste ano, na cidade de Pilar, vitimando pai e filho, foi o início de uma verdadeira guerra no município situado a 36 km de Maceió, que culminou ontem (7) com a morte do principal ator dessa onda de extermínios.
Roberto dos Santos Sales, o traficante “Tinha”, foi alvo de uma operação da Polícia Militar, na tarde dessa terça, para cumprir mandado de prisão expedido pela Justiça, mas teria reagido e acabou morto em troca de tiros no bairro Clima Bom, em Maceió.
Hoje (8), o delegado de Pilar, José Carlos Santos, detalhou ao TNH1 todos os passos dados por “Tinha” e seu grupo, desde o duplo assassinato do dia 7 de março, cujas vítimas eram seu pai e seu irmão.
De acordo com o delegado, a onda de criminalidade que assustou os pilarenses no início do ano começou com o assassinato de Jailton Cipriano de Sales, de 50 anos, e Robson dos Santos Sales, de 27 anos, pai e irmão de “Tinha”.
Por vingança, ele iniciou uma guerra, em que a ordem era matar os inimigos, integrantes de um grupo criminoso rival, ou parentes deles. Foi a partir daí que morreram oito pessoas em Pilar só no mês de março.
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Entre as vítimas estão José Cícero Nogueira dos Santos, morto no dia 8 de março. Ele não tinha envolvimento com crimes, mas era parente de um homem identificado como Adauto, apontado pela polícia como participante na morte do pai e irmão do “Tinha”.
Outra morte foi a de Ailton Francisco dos Santos, no dia 9 de março. Ele também era inocente, segundo a polícia, mas era pai de Isac Pedro, outro participante do duplo homicídio.
No dia 15 de março, foi assassinado José Marcos Carlos de Almeida, irmão de um inimigo do “Tinha”, o Márcio Carlos de Almeida, conhecido como “Márcio Som”, preso no dia 19 de abril.
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E no dia 29 de março foi morto Genaldo de Oliveira Lima, o “Jacaré”, amigo de “Márcio Som”. A partir desse crime, a polícia se aproximou do esclarecimento de todos os outros.
A ponta do novelo
Foi pela participação no homicídio de Genaldo Lima que foram presos em flagrante Humberto da Silva e o adolescente D.F.F. Com eles, foram apreendidas duas armas, uma delas, um revólver 38 usado em mais cinco assassinatos.
A constatação foi feita por meio do depoimento dos dois, mas foi comprovada esta semana após a conclusão da perícia nas munições coletadas nos locais dos crimes.
“Encontramos o seguinte: ela foi usada no dia três de fevereiro, em um duplo homicídio, em que morreram Germínio Jacinto da Silva Júnior e Felipe Agenor Lima Firmino, e em outros crimes, mas não necessariamente foi usada pelos dois presos”, detalhou o delegado José Carlos.
Segundo o delegado, os laudos periciais só confirmaram o que a polícia já tinha descoberto, que o grupo do “Tinha” estava por trás dos crimes. “Desde 17 março, vínhamos cumprido várias buscas e apreensões para tentar prendê-lo”, contou.
Junto do traficante mandante dos crimes, a polícia descobriu a atuação de um preso, o Carlos Alberto da Silva Júnior, conhecido como Júnior PCC. Ele está detido fora de Alagoas, mas ainda comandava os crimes por meio de seu braço direito, Roberto dos Santos Sales, “Tinha”.
Com a morte do traficante, a polícia pretende atribuir todas as acusações a “Júnior PCC” e seu grupo, além de buscar outros quatro foragidos envolvidos na onde de homicídios.
fonte:.tnh1
