JHC implode imagem de moralidade e ética ao calar sobre origem de R$ 3,1 milhões

Deputado federal JHC e seu pai João Caldas

O silêncio do deputado federal João Henrique Caldas (PSB), diante das suspeitas sobre seu patrimônio milionário que ressurgiram fortemente nos últimos dias, depõe contra sua precoce ascensão na vida pública com a imagem de fiscal das leis e da ética alheia na classe política e no poder público. Três anos depois de se negar a explicar como declarava R$ 1,5 milhão de patrimônio, aos 23 anos, na eleição de 2010, o parlamentar conhecido como JHC, agora com 28 anos, lida com questionamentos sobre a duplicação de seus bens, após decidir disputar o mandato de prefeito de Maceió.

O silêncio é fato comum à polêmica sobre o patrimônio milionário de JHC, desde o questionamento publicado em primeira mão em 2013, no livro “Os Bens que os Políticos Fazem”, do jornalista Chico de Gois. A obra compara os modestos patrimônios dos pais do político de Ibateguara, o ex-deputado João Caldas e a ex-prefeita Eudócia Caldas, com os R$ 1,5 milhão que JHC declarou já acumular, quando se candidatou a deputado estadual em 2010.

JHC insiste manter segredo sobre a origem de seus bens, que mais que dobrou em quatro anos, após a troca de uma casa de R$ 520 mil, no Farol, por um apartamento de R$ 2 milhões, na Jatiúca. Seu eleitor, que vibrou com as corajosas denúncias de JHC, depois de vê-lo conseguir abrir da caixa-preta das contas da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), deve estranhar que o político com imagem de defensor da legalidade e da ética no poder público se esconda de questionamentos simples como os feitos por Chico de Gois, ainda em 2013.

Exemplos de perguntas que JHC se nega a responder são: A que se deve esse expressivo patrimônio? O deputado herdou bens de seus pais? E o que explica o deputado ter muito mais bens do que a soma do patrimônio de seus próprios pais?

A JHC, o Blog do Davi Soares refez as oportunas perguntas de Chico de Gois, acrescentando ainda a pergunta sobre a evolução patrimonial do deputado federal. Eis a resposta que o defensor da ética e da moralidade reserva ao seu eleitor:

“Estou tranquilo. No momento em que achar oportuno, irei me manifestar”

Tranquilidade é pouco

Não há dúvidas sobre a tranquilidade do militante da transparência pública JHC. Mas há quem avalie que é mais que oportuno demonstrar algum esforço para afastar a suposta existência de enriquecimento ilícito do deputado federal nestes fatos.

Pois não basta ao eleitor se valer da tranquilidade do político que inspira a juventude. É preciso esclarecer qual a relação do patrimônio de JHC com a carreira política de seus pais. Até porque o jovem político tem João Caldas como pai; um ex-deputado que foi condenado por improbidade administrativa, em dezembro em 2014, pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, por desviar R$ 390 mil na “Máfia das Ambulâncias”, alvo da Operação Sanguessuga.

Calar diante do cerco formado contra a pré-candidatura a prefeito de JHC é sugerir a possibilidade de realmente haver algum conflito entre o que o deputado do PSB combate e o que ele consente na atividade política.

E seu silêncio só é a melhor resposta para os seus adversários.

Veja os bens de JHC declarados à Justiça Eleitoral: 

Em 2010:

 

Em 2014

fonte:cadaminuto

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