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punhal-350x326A Secretaria de Segurança Pública de Alagoas identificou e prendeu quatro pessoas acusadas de participação nos espancamentos ocorridos após a final do Campeonato Alagoano, neste domingo, no Estádio Rei Pelé. Os quatro foram apresentados à imprensa durante coletiva na sede do órgão. Outros participantes da agressão já estão identificados e polícia trabalha para localizar e prender.

Dentre os quatro presos, um gandula que atuou durante o clássico, identificado como Wilsson Ferreira dos Santos, 31 anos. Ele aparece, junto a um grupo de torcedores do CSA, agredindo um rapaz de 17 anos, da torcida do CRB.

Além dele, outros três foram presos: Arthur Henrique Santos Almeida, 21 anos; Joseph Hebert do Nascimento e Flávio Gouveia dos Santos, conhecido com Polha. Os quatros foram identificados pelo serviço de inteligência da Polícia Militar, após análises das câmeras do sistema de segurança do estádio Rei Pelé e também pelas imagens veiculadas através dos veículos de comunicação. Além disso, a polícia contou com o apoio da sociedade que informou detalhes sobre os suspeitos, através do Disque Denúncia (181). Até os perfis dos “torcedores” foram repassados à polícia.

Duas pessoas foram presas durante o jogo e levadas para a Central de Flagrantes, onde foram ouvidas e liberadas em seguida. Ainda durante a partida, foram apreendidos diversos objetos em campo, entre eles um punhal.

Falha da Polícia Militar

Em resposta às críticas acerca da atuação da Polícia Militar durante a partida, o comandante da PM, coronel Marcos Sampaio, defendeu que não houve falhas por parte dos militares. Ele lembrou que foram designados 300 homens para fazer a segurança do clássico, fora o Batalhão Especial que normalmente faz a segurança dos jogadores. Segundo ele, este número significa cinquenta por cento do efetivo diário da capital.

O coronel ressaltou que os militares levaram 33 segundos para chegar até o torcedor que estava sendo espancado e destacou que “se não fosse o trabalho da polícia, a situação teria sido pior”.

Extinção das torcidas

O secretário de Segurança Pública, coronel Lima Junior, também defendeu o trabalho desempenhado pela PM durante o confronto das torcidas. Ele explicou que enquanto estava havendo um confronto dentro do campo, a tropa de choque estava contendo a torcida da Mancha nas arquibancadas, que se preparava para descer.

Ele também expôs uma série de questionamentos sobre o jogo, a exemplo da facilidade de acesso das torcidas ao campo, apesar da existência de um fosso; sobre o financiamento das torcidas organizadas em Alagoas e até o fato de a organização ter previsto a participação de 15 mil pessoas, e o estádio ter registrado um número superior a este. “Foi um fato grave, que manchou o campeonato, o título e o Estado perante o país e o mundo”, disse Lima Junior.

A exemplo do governador, o secretário também defendeu a extinção total das torcidas organizadas em Alagoas. “As torcidas precisam ser banidas dos estádios. Estádio é o lugar das famílias. Lugar de bandido é na cadeia”, ressaltou.

Ainda segundo Lima Junior, a Polícia registrou entre 01 e 07 de maio, dois homicídios na capital alagoana. Enquanto no domingo, foram registrados 06 homicídios, sendo três deles, relacionados à briga entre torcidas. Por este e outros motivos, a SSP irá se reunir com o Conselho Estadual de Segurança, dirigentes de clubes e Federação Alagoana de Futebol para definir que medidas serão adotadas na tentativa de punir os responsáveis.