Paulino Lopes, ex-vereador por Marechal Deodoro por dois mandatos, economista com vasta experiência na administração pública, tem seu nome comentado como uma possível terceira candidatura majoritária. Algumas críticas, elogios e comentários têm surgido no meio político deodorense já alcançando a população em geral. Em meio a tantos burburinhos num ano eleitoral, sua candidatura cercada de interrogações, parece começar a incomodar a alguns candidatos que temem uma terceira linha considerada de oposição. Por tudo procuramos Paulino com quem tivemos uma conversa franca e decisiva visando dirimir tantos boatos acerca do assunto e que passamos a transcrever.
P- Paulino, você é mesmo candidato a prefeito por Marechal Deodoro?
R- Sem sombra de dúvida. Atendendo às sugestões de muitos amigos e pessoas que acompanharam minha atuação como político tomei a decisão de colocar meu nome à disposição do eleitorado deodorense. Sou a alternativa para os que clamam por lisura, transparência, determinação e forte combate à corrupção nesta luta por melhores dias na nossa terra.
P- Por qual partido será candidato?
R- Pelo PDT, partido ao qual sou filiado por aproximadamente dez anos.
P- Existem comentários que a atual presidente do diretório municipal do PDT, já teria negociado a colocação do partido nas mãos de outro candidato.
P- Como você vê esta situação?
R- Na realidade estou enfrentando alguma resistência do diretório local que deseja colocar o partido em apoio a outro candidato, mas estou tranquilo porque conto com o apoio do presidente estadual, o Deputado Ronaldo Lessa. Em conversa recente com assessores do Deputado me foi dada a garantia de que o partido teria candidato próprio. Mas por conta desta decisão, que contraria os interesses da direção do partido a nível municipal, fui até afastado do quadro de filiados juntamente com familiares e amigos. Uma atitude intempestiva sem sequer ter havido alguma comunicação. O ato é inconsistente, ilegal e factível de uma demanda judicial e só serve para atender a interesses escusos do poder econômico. Para que uma pessoa seja desligada dos quadros de um partido é necessário que haja um motivo justo e seja aberto um processo administrativo interno, o que não ocorreu.
P- Diante deste fato, como pretende resolver o impasse?
R- Já entreguei o caso aos meus advogados que estão tomando as medidas judiciais cabíveis. Continuo, portanto, candidato e só a convenção do diretório municipal a ser convocada poderá remover esta decisão.
P- Já tem a definição de algum vice?
R- Tenho dois nomes que estão sendo estudados. Apesar de serem nomes de peso só me definirei por alguém que comungue com meus ideais e que some em termos de votos para o combate aos desmandos, à corrupção e aos traidores da população deodorense.
P- Quem são os traidores a que se refere?
R- No meu entendimento a traição não está na rejeição a um tratamento divergente do que se espera de um político sério. Traição é mais que a discordância aos atos não condizentes a um companheiro de luta. Traição é, acima de tudo, não agir com lealdade e usar de atos dispares com a boa conduta de quem se coloca como oposição aos desmandos de um governo corrupto. Mesmo tendo um discurso eloquente para a plateia que nem sempre conhece os bastidores da política, a característica de oposição não se limita em falácias, sem que nenhuma atitude concreta seja tomada. Isto não é oposição, e sim traição para com o povo. Traição também é usar dos seus recursos para derrubar e desconstruir a imagem de companheiros em atos espúrios e por subterfúgios pouco condizentes para uma pessoa de bem. Isso eu não aceito e combato com todas as minhas forças.
P- Para finalizar, qual a proposta de sua candidatura.
R- Sei que não tenho os recursos para comprar apoios de políticos corruptos que só enveredam numa campanha com vistas aos recursos do majoritário, portanto só posso contar com amigos, correligionários e o povo que está cansado do mesmismo que vem sendo a política deodorense nos últimos anos. Precisamos de novas ideias e propósitos. Marechal necessita de planejamento e uma administração transparente para que a população possa acompanhar de perto todos os atos do executivo quanto à destinação dos recursos obtidos, certos de que não estão sendo ludibriados. Sei que minha candidatura está causando preocupação para candidatos que não querem esta mudança e almejam o poder para continuar enganando o povo com palavras bonitas e poucas ações. E assim me coloco como a alternativa contra o continuísmo.
