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Esta foi a primeira vez que as mulheres tiveram permissão para votar e concorrer a um cargo público em uma eleição, um marco em um país onde as mulheres são impedidas de dirigir e são legalmente dependentes de um parente do sexo masculino para aprovar quase todas as decisões importantes da vida.

Salma bint Hazab al-Otaibi ganhou um assento no distrito de Madrika, de Meca, a cidade mais sagrada do Islã, enquanto Hanouf bint Mufreh bin Ayad al-Hazimi ganhou um assento em Jawf, no norte da Arábia Saudita.

Um total de 1.486.477 pessoas se inscreveram no censo eleitoral, 130.637 delas mulheres, para escolher entre 6.440 candidatos, dos quais somente 900 eram do sexo feminino.

A participação feminina neste pleito foi possível graças a um decreto de 2011 promulgado pelo então rei Abdullah bin Abdul Aziz, falecido em janeiro.

A campanha para a eleição não foi fácil para as mulheres, já que na mesma linha política que rege o país, com base na lei islâmica, a Comissão Eleitoral impôs a segregação total de sexos e proibiu que as aspirantes usassem fotografias em sua propaganda ou pronunciassem discursos perante pessoas do sexo masculino.

Está previsto que o Ministério de Assuntos Municipais e Rurais anuncie ainda neste domingo os dados definitivos e os nomes dos 2.106 candidatos escolhidos para formar os conselhos municipais.

 

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