Desde domingo último (16) milhares de peixes de várias espécies e tamanhos foram encontrados mortos às margens da Lagoa Manguaba. A maior frequência foram nos povoados Broma e Massagueira, município de Marechal Deodoro, cidade histórica vizinha à capital do Estado.
O fato, que já se repete pela terceira vez somente este ano, causou perplexidade aos pescadores e habitantes do município que se mostraram chocados com o odor da água e o volume de peixes mortos amontoados nas margens da lagoa.
Nesta segunda-feira (17), Equipes do Gerenciamento Costeiro do Instituto do Meio Ambiente (IMA-AL) recolheram amostras de água da Lagoa Manguaba para tentar identificar o que causou a falta de oxigênio.
Extraoficialmente os especialistas afirmam que a chuva tem relação com o caso. O Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) suspeita que a poluição pode ter sido a causa do acidente ecológico, mas não descartou a possibilidade de outros fatores, que também serão investigados.
Segundo o coordenador de gerenciamento costeiro do IMA, Ricardo César, a poluição dos rios Paraíba e Mundaú que desaguam na lagoa é um dos fatores que pode ter causado a queda de oxigênio, ocasionando na morte dos peixes.
As amostras d’água coletadas para estudos pelos técnicos do IMA, além dos militares do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), deverão ter um laudo conclusivo em uma semana.
Para o Jal, presidente da Colônia de Pescadores de Marechal Deodoro, a justificativa de que o acidente foi causado por fatores climáticos, sugerida por alguns técnicos, não está sendo aceita pelos pescadores – “porque só em alguns pontos da lagoa houve a mortalidade? ”
Os pescadores do Marechal revoltados com a situação, buscaram apoio da Colônia e prometem fechar as marinas e alguns pontos da AL-101-SUL na próxima quinta-feira (20) como forma de pressão para que sejam encontradas as causas e dada as devidas soluções urgentemente.
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