João Neto nunca foi policial? Nota da PMBA revela passado e gera polêmica

Caso de violência doméstica expôs uma trajetória marcada por confusões, condenações e controvérsias

Fonte: GazetaWeb

João Neto nunca foi policial? Nota da PMBA revela passado e gera polêmica. Divulgação

O advogado João Francisco de Assis Neto, mais conhecido nas redes sociais como “Dr. João Neto”, voltou ao centro das atenções após ser preso em flagrante por agredir uma mulher em um apartamento de luxo, em Maceió. A Justiça decretou a prisão preventiva do influenciador na terça-feira (15), e o caso expôs uma trajetória marcada por polêmicas, condenações e controvérsias.

Com mais de 2 milhões de seguidores, João Neto mistura conteúdo jurídico, religioso e declarações provocativas. Entre suas falas mais questionadas está a de que “uma mulher poderia ser agredida, caso também tivesse batido”. O conteúdo, somado ao episódio mais recente, fez crescer a pressão sobre sua atuação como advogado — e levou a OAB a abrir processo ético que pode culminar na cassação de seu registro.

Nunca foi PM de fato, diz corporação

Embora se apresente como “ex-policial militar”, a Polícia Militar da Bahia esclareceu que João Neto foi expulso durante o curso de formação, há mais de 15 anos, e nunca chegou a atuar como soldado nas ruas. Segundo a corporação, ele foi desligado ainda em fase de treinamento.

O próprio advogado relatou o episódio em entrevista ao podcast “PodZé”, em 2024, afirmando que a expulsão ocorreu após uma discussão de trânsito com a esposa de um coronel. Na mesma entrevista, João também declarou que “já matou pessoas”, sem entrar em detalhes sobre o contexto.

Condenações, confusões e processo ético

João Neto tem histórico de enfrentamentos com colegas de profissão. Em setembro de 2024, ele se envolveu em uma briga durante uma audiência de conciliação em Maceió, onde agrediu fisicamente outro advogado. A OAB de Alagoas repudiou o ato e acionou a Polícia Federal, alegando que o influenciador estaria portando arma e fazendo ameaças.

Além disso, em 2018, foi condenado pelo Tribunal de Justiça de Alagoas a pagar mais de R$ 20 mil a uma cliente por má prestação de serviço advocatício. A autora da ação alegou que ele descumpriu cláusulas do contrato firmado.

Com a prisão por violência contra mulher, a OAB de Alagoas informou que já acionou o Tribunal de Ética da instituição e solicitou providências à OAB da Bahia, onde João possui inscrição principal. Se confirmadas as denúncias, ele poderá perder o direito de advogar.

Figura política e controversa nas redes

João Neto também atuou como advogado da campanha de Pablo Marçal (PRTB) à prefeitura de São Paulo em 2024. Recentemente, protagonizou mais um episódio polêmico ao elogiar o ministro Alexandre de Moraes, dizendo que, “apesar de abusar do poder, ele conhece a Constituição de frente pra trás e de trás pra frente”. A fala gerou críticas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, de quem se dizia aliado.

Apesar do histórico, João mantém a imagem de pai e companheiro nas redes. Em uma postagem de Ano Novo, escreveu:

“Desejo que saibam reconhecer e aproveitar o homem que sou — chefe de família dedicado e advogado exemplar”, disse em mensagem à namorada e aos filhos.

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