A herpes é uma infecção viral causada pelo vírus herpes simplex (HSV), que se apresenta em dois tipos principais: HSV-1, mais comum na região da boca (herpes labial), e HSV-2, associado à região genital. A transmissão ocorre pelo contato direto com lesões ou secreções, e pode acontecer mesmo na ausência de sintomas visíveis.
Uma vez no organismo, o vírus permanece latente e pode ser reativado em situações como baixa imunidade, estresse ou exposição solar intensa. Os sintomas mais comuns incluem coceira, vermelhidão, ardência e formação de bolhas. Em casos mais intensos, pode haver febre, mal-estar e aumento dos gânglios linfáticos.
Segundo especialistas, a prevenção inclui evitar contato com lesões, não compartilhar objetos pessoais e usar preservativos — embora esses não ofereçam proteção total. Há também a recomendação de manter hábitos saudáveis para fortalecer o sistema imunológico.
A matéria destaca dados preocupantes da Organização Mundial da Saúde (OMS), que estima que 846 milhões de pessoas entre 15 e 49 anos vivem com herpes genital. No Brasil, segundo a Federação Médica Brasileira (FMB), 95% dos adultos já tiveram contato com o vírus.
Também é abordada a herpes zoster, causada pelo vírus varicela-zoster (o mesmo da catapora), cuja principal complicação é a dor crônica chamada nevralgia pós-herpética. A vacina Shingrix, recomendada para maiores de 50 anos ou imunossuprimidos, ainda não está disponível no SUS, mas pode ser encontrada na rede privada.
Casos graves, como o do cantor Justin Bieber — diagnosticado com a síndrome de Ramsay Hunt, complicação do herpes zoster —, ilustram os riscos. O tratamento é feito com antivirais, que devem ser administrados o quanto antes para minimizar lesões e evitar sequelas.
O diagnóstico geralmente é clínico, mas pode ser confirmado com exames laboratoriais em casos duvidosos. O acompanhamento médico é essencial para evitar agravamentos e garantir um tratamento eficaz.