Maceió (AL) – A paralisação dos profissionais da rede municipal de ensino de Maceió, iniciada no dia 5 de maio, entrou em nova fase nesta segunda-feira (27), com a intensificação dos atos públicos em frente à sede da Prefeitura, no bairro de Jaraguá. Professores e professoras montaram tendas na Praça Dois Leões e prometem manter a mobilização até que sejam recebidos pelo prefeito João Henrique Caldas (JHC).
A categoria cobra a reabertura do diálogo com o Executivo municipal, sobretudo para discutir a pauta salarial, que inclui a reivindicação de um reajuste considerado essencial diante da defasagem apontada pelo sindicato. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), o movimento grevista permanece fortalecido após nova assembleia que confirmou a continuidade da paralisação.
Na última sexta-feira (24), educadores realizaram uma marcha simbólica até a Secretaria Municipal de Fazenda, como forma de pressionar o governo a dar respostas concretas às demandas apresentadas. A manifestação desta segunda é vista como um ato estratégico, buscando uma audiência direta com o prefeito, que, segundo os representantes da categoria, ainda não se posicionou formalmente.
Os trabalhadores afirmam que, caso o silêncio do Executivo persista, a mobilização poderá evoluir para um acampamento permanente em frente à Prefeitura. A estratégia visa não apenas pressionar o governo municipal, mas também conscientizar a população sobre os desafios enfrentados pela educação pública em Maceió.
“Estamos em greve por valorização, por respeito e por condições dignas de trabalho”, declarou uma professora presente no ato. O Sinteal acredita que o engajamento da sociedade é fundamental para a conquista de avanços no setor.
A Prefeitura de Maceió ainda não se manifestou oficialmente sobre a possibilidade de uma reunião com a categoria.
