A RECORD teve acesso ao vídeo da audiência virtual de custódia, realizada no final manhã desta sexta-feira, 25, quando foi mantida a prisão do ex-presidente Fernando Collor.
Apesar da condenação de 8 anos e 10 meses em regime fechado, o ex-presidente estava sorridente durante a audiência, comanda pelo juiz Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, auxiliar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Perguntado se era portador de alguma doença ou se fazia uso de medicamentos de forma contínua, Collor disse que não, apesar de sua defesa já ter protocolado pedido de prisão domiciliar com base em laudos neurológicos que atestam doença de parkinson, entre outras.
Acompanhado do advogado Thiago Bomfim, Collor também confirmou que não houve irregularidades na abordagem dos policiais que efeturam a prisão no Aeroporto Zumbi dos Palmares, em Maceió. Ele reafirmou que estava embarcando para Brasília, onde iria se apresentar à Polícia Federal.
Entenda a prisão
O ex-presidente Collor foi preso durante a madrugada desta sexta-feira, 25, em Maceió, no Aeroporto Zumbi dos Palmares, onde iria embarcar para Brasília. Ele foi condenado, em 2023, a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, em um processo derivado da Lava Jato.
Nesta quinta (24), Moraes rejeitou em decisão individual os últimos recursos possíveis para a defesa de Collor – recursos que, na visão do ministro, tinham caráter protelatório, ou seja, existiam apenas para atrasar o cumprimento da pena.
Collor é acusado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, relacionados a irregularidades na BR Distribuidora.
Segundo Moraes, ficou provado na ação penal que Collor, com a ajuda dos empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, recebeu R$ 20 milhões para viabilizar irregularmente contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia para a construção de bases de distribuição de combustíveis.
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