Em leito de UTI, Bolsonaro é intimado pelo STF e critica ação judicial: “Poderia ter morrido”

Ex-presidente foi abordado por oficial de justiça enquanto se recuperava de cirurgia em hospital de Brasília; episódio gera críticas à atuação do STF e reacende debate sobre limites entre legalidade e dignidade.

Fonte: Redação

Brasília (DF) – Em uma cena que mistura tensão jurídica e fragilidade clínica, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi surpreendido, nesta quarta-feira (23), com a entrega de uma intimação do Supremo Tribunal Federal (STF) enquanto se recuperava de uma cirurgia na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital DF Star, em Brasília. A abordagem, registrada em vídeo e divulgada pelo próprio político em suas redes sociais, rapidamente repercutiu no cenário político nacional.

A gravação, com pouco mais de 11 minutos, exibe o momento em que uma oficial de justiça adentra a unidade intensiva para entregar pessoalmente a intimação. Visivelmente debilitado, Bolsonaro questiona a legalidade e a sensibilidade da ação. “A senhora tem ciência que a senhora tá dentro de uma UTI?”, pergunta ele, em tom indignado, ao mesmo tempo em que assina o documento de forma lenta, cercado por profissionais da saúde.

A cirurgia, realizada dias antes, foi necessária para tratar uma obstrução intestinal — uma das várias complicações que o ex-presidente atribui ao atentado a faca sofrido durante a campanha eleitoral de 2018, em Juiz de Fora (MG). “O problema que eu tenho não é simulação. Eu levei uma facada há sete anos e tenho problema até hoje. Graças a Deus me salvei novamente. Se demorasse mais um pouquinho, eu teria morrido”, afirmou, ainda no leito hospitalar.

Silêncio sobre o conteúdo, ruído político no entorno

Embora o conteúdo da intimação não tenha sido revelado no vídeo, fontes próximas ao ex-presidente afirmam que o documento está relacionado a uma das investigações em andamento no STF que envolvem Bolsonaro — cujos processos são mantidos sob sigilo judicial.

A cena, incomum até mesmo nos ritos mais rígidos da Justiça, gerou forte reação entre aliados do ex-presidente, que classificaram o episódio como um “desrespeito humanitário”. Parlamentares ligados ao PL e a setores conservadores do Congresso usaram as redes sociais para criticar o Supremo, alegando abuso de autoridade e tentativa de constrangimento político.

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