Uma tragédia familiar chocou a população de uma comunidade na manhã desta terça-feira (15), quando o corpo da pequena Ana Beatriz, de apenas 15 dias de vida, foi encontrado dentro da própria residência onde vivia com os pais. Após dias de buscas intensas e versões contraditórias apresentadas à polícia, o caso tomou um rumo inesperado e trágico.

A bebê, dada como desaparecida desde a última sexta-feira (11), foi localizada por policiais civis no interior de um armário de madeira, nos fundos da casa da família, na área da lavanderia. O corpo estava escondido dentro de uma sacola plástica, entre frascos de produtos de limpeza. A descoberta ocorreu após um familiar da criança, em estado de comoção, decidir revelar a localização exata do corpo às autoridades.

Segundo fontes ligadas à investigação, a mãe da criança, identificada como Eduarda, teria confessado o assassinato logo após a chegada da equipe policial. Em estado de choque, ela desmaiou no local e precisou ser retirada por uma ambulância, enquanto populares já se aglomeravam em frente à residência, visivelmente consternados. O clima de tensão obrigou as forças de segurança a reforçarem o policiamento na área para conter possíveis tentativas de agressão contra a mãe.
Desde o início das investigações, o caso já levantava dúvidas. A versão inicialmente apresentada por Eduarda indicava que criminosos armados teriam invadido a casa e sequestrado a criança. No entanto, a ausência de sinais de arrombamento e as imagens obtidas por câmeras de segurança nas redondezas acabaram desmontando a hipótese do sequestro. Em depoimentos à polícia, a mãe teria mudado a narrativa diversas vezes, levantando suspeitas sobre sua real participação no sumiço da filha.
Na segunda-feira (14), os delegados responsáveis pela investigação confirmaram publicamente que o suposto sequestro não havia se sustentado diante das provas reunidas até então. A instabilidade emocional de Eduarda e suas versões desencontradas fizeram com que os investigadores direcionassem os trabalhos para dentro da própria casa.
Ainda não há informações oficiais sobre a motivação do crime ou as condições psicológicas da mãe. A Polícia Civil deve ouvir novamente familiares, vizinhos e profissionais de saúde que acompanharam o parto e os primeiros dias da bebê.
O caso, que inicialmente mobilizou a comunidade em uma corrente de esperança pelo resgate da criança, agora se transforma em um drama que levanta questionamentos sobre saúde mental, apoio familiar e sinais de alerta que podem ter passado despercebidos.
As investigações continuam. O corpo de Ana Beatriz foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para necropsia. A polícia ainda não divulgou se houve participação de outras pessoas no crime.