A crise no sistema de abastecimento de água operado pela concessionária BRK voltou ao centro do debate público esta semana, durante uma audiência realizada na Câmara Municipal. O encontro reuniu moradores, especialistas, representantes do Executivo e o legislativo local. O vereador João Paulo se destacou ao apresentar uma pauta contundente em defesa dos direitos da população e ao denunciar a precariedade dos serviços prestados pela empresa.
Ao fazer uso da palavra, o parlamentar apontou falhas graves na operação da BRK, destacando o que chamou de “desrespeito sistemático” à população. Segundo ele, além da má qualidade no fornecimento de água, os consumidores têm arcado com tarifas elevadas, sem qualquer contrapartida em eficiência ou melhoria estrutural.
“Estamos falando de um bem essencial à vida. Não é apenas uma falha técnica, é um problema social, é uma violação de direitos. É inaceitável que as famílias continuem pagando caro por um serviço que simplesmente não chega às torneiras”, afirmou João Paulo.
Falta D’água Rotineira, Reclamações Crescentes
A audiência pública foi marcada por relatos dramáticos vindos de diversos bairros da cidade. Moradores contaram que passam dias sem acesso à água potável, recorrendo a baldes, cisternas improvisadas e até à captação de água da chuva. A indignação é maior nas áreas mais afastadas do centro, onde o fornecimento é ainda mais irregular.
Maria do Socorro, moradora do bairro Novo Horizonte, foi uma das que deram voz à indignação da comunidade:
“Tem dia que não conseguimos sequer lavar as mãos. Crianças vão para a escola sem banho. E o pior: a conta continua vindo, e alta.”
Cobrança por Atuação Mais Efetiva do Poder Público
Além de responsabilizar a BRK pela má prestação do serviço, o vereador João Paulo fez um apelo direto ao poder público municipal e estadual. Para ele, falta fiscalização e transparência na relação entre o governo e a concessionária.
Durante a audiência, João Paulo propôs a criação de uma frente parlamentar para acompanhar de perto as ações da empresa e pressionar pela revisão do contrato de concessão. A sugestão recebeu apoio de outros parlamentares presentes.
“A população não pode continuar refém de um serviço falho. Se a BRK não consegue cumprir com o mínimo, é papel do poder público intervir, cobrar, punir e, se necessário, romper esse contrato”, reforçou o vereador.
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