Galáxia do Charuto’: explosão ultra brilhante revela tipo raro de estrela nunca vista além da Via Láctea

Descoberta mais recente publicada na Nature abre a busca por mais fenômenos de magnetares extragalácticos; entenda

Observações do Telescópio Hubble da gloriosa galáxia M82, repleta de luz estelar branca e nuvens de gás vermelhas. As estrelas estão se formando 10 vezes mais rápido aqui do que na Via Láctea, de acordo com a NASA. — Foto: NASA, ESA e Hubble Heritage Team (STScI/AURA)

Uma explosão caracterizada como ‘ultrabrilhante’ fez com que um grupo de astrônomos conseguisse encontrar a primeira estrela magnética a ser descoberta fora da Via Láctea. O feito foi compartilhado em um estudo publicado nesta quarta-feira na revista científica Nature. A explosão é o resultado de um magnetar, ou seja, uma relíquia densa proveniente de uma estrela com campo magnético forte, e reside na galáxia M82, também conhecida como Galáxia do Charuto, e que fica a cerca de 12 milhões de anos-luz da Terra.

Para capturar o momento, os cientistas usaram um telescópio da Agência Espacial Europeia (ESA) e puderam ver a estrela ultra magnética logo depois que ela iniciou uma erupção violenta e produziu grande quantidade de energia em apenas um segundo. As informações foram compartilhadas pela Live Science.

Explosão gigante revela tipo raro de estrela nunca vista além da Via Láctea — Foto: Reprodução

Ainda conforme a publicação, os magnetares também são apelidados de ‘imãs mais poderosos do universo’ e são caracterizados por serem versões de estrelas de nêutrons com restos de explosões de supernovas, que giram rapidamente com grande carga magnética e emitem muita luz.

Explosão gigante revela tipo raro de estrela nunca vista além da Via Láctea — Foto: Reprodução

Apesar disso, suas próprias explosões são fugazes e imprevisíveis, o que dificulta o trabalho de observação pelos pesquisadores — nos últimos 50 anos, apenas três conseguiram ser registrados pela ciência. Logo, a descoberta recente incentiva que os pesquisadores também concentrem suas atenção em magnetares fora da Via Láctea.

Veja fotos das galáxias espirais registradas pelo telescópio James Webb

Veja fotos das galáxias espirais registradas pelo telescópio James Webb

“Se conseguirmos encontrar muitas mais, poderemos começar a compreender com que frequência estas explosões acontecem e como estas estrelas perdem energia no processo”, explicou, em comunicado, Ashley Chrimes, investigadora da ESA que não esteve diretamente envolvida neste novo estudo.

Fonte : O Globo com agências internacionais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Visão geral da privacidade

Este site utiliza cookies para que possamos lhe proporcionar a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas no seu navegador e desempenham funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.