O detento suspeito disse que foi surpreendido pelo colega, que teria tentado matá-lo sufocado com um travesseiro.

Um reeducando foi assassinado dentro da cela na Penitenciária de Segurança Máxima (PenSM), localizado no Complexo Prisional de Alagoas, em Maceió. O detento foi encontrado morto na manhã desta quinta-feira (26). O suspeito disse à imprensa que usou uma lâmina de barbear para cortar o pescoço do colega com quem dividia a cela.
Segundo entrevista concedida à imprensa, o detento suspeito disse que foi surpreendido pelo colega, que teria tentado matá-lo sufocado com um travesseiro. Em seguida, ele teria revidado à situação, entrando em luta corporal, dando um mata-leão.
Ele disse ainda que tentou amarrar a vítima em uma corda para simular suicídio. No entanto, detentos das celas vizinhas começaram a balançar as grades e a gritar, momento em que o suspeito teria matado o colega de cela com uma lâmina no pescoço.
“Acordei com ele com travesseiro na minha cara. Para defender minha vida, fui para cima dele, dei mata-leão nele e quando olhei, ele já estava morto. Usei uma corda que a gente malhava para amarrar ele. Mas, quando começaram a chamar, eu não quis que ele ficasse vivo, porque, qualquer jeito iria pagar por tentativa de homicídio. Peguei o barbeador e cortei a garganta dele”, conta o detento em entrevista à imprensa.
A Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) informou em nota que o corpo foi encontrado pelos policiais penais durante uma revista de rotina.
“Após a constatação do óbito, foi acionada a coordenação operacional da Polícia Penal, que tomou todas as providências necessárias, como o isolamento do local”, afirmou o órgão.
A Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) disse ainda “que vai abrir um procedimento administrativo para apurar a morte do reeducando, que a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foi devidamente acionada, assim como a Polícia Científica”.
O detento suspeito do homicídio disse que já responde aos crimes de tráfico de drogas e homicídio cometidos em 2014, na cidade de Penedo.
O caso será investigado pela DHPP.
gazetaweb