De acordo com a Polícia Civil da Paraíba, o erro foi cometido pela Justiça de Alagoas, por meio de uma falha de digitação por parte de quem emitiu o mandado de prisão.

Um idoso de 64 anos, morador de João Pessoa, foi preso por engano na última terça-feira (19) por um homicídio cometido no estado de Alagoas. Ricardo José Santos da Silva não tem antecedentes criminais, mas teve o nome registrado em um mandado de prisão, que deveria ter sido expedido em nome de José Ricardo da Silva Santos, suspeito do crime.
De acordo com a Polícia Civil da Paraíba, o erro foi cometido pela Justiça de Alagoas, através de uma falha de digitação por parte de quem emitiu o documento. A história foi descoberta pela família do idoso, que, em contato com autoridades de Alagoas, entendeu de que forma aconteceu a irregularidade.
Os familiares contam que foram surpreendidos na manhã de terça (19) com a chegada da polícia alegando ter um mandado de prisão por um homicídio que aconteceu em 2019. Desde então, através da intermediação de um advogado, tentam que o erro seja corrigido.
A Justiça alagoana reconheceu a falha e emitiu um alvará de soltura em nome de Ricardo José Santos da Silva. Na tarde desta quinta-feira (21) o advogado do homem preso injustamente entrou, ainda, com um pedido de habeas corpus.
No entanto, a Justiça da Paraíba ainda não autorizou a soltura do idoso, e ele pode dormir pela terceira noite seguida na carceragem da Central de Polícia Civil de João Pessoa.
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Alvará de soltura expedido pela Justiça de Alagoas para idoso preso por engano — Foto: Reprodução
Idoso passou mal em delegacia
De acordo com as informações de familiares, Ricardo José Santos da Silva é hipertenso, diabético e tem depressão. Ele é, ainda, insulino-dependente e estava desde terça sem receber o medicamento. Na manhã desta quinta (21), Ricardo passou mal na carceragem e teve que ser socorrido pela família. A filha do idoso aplicou a insulina e esse foi o único momento, segundo ela, que pôde estar em contato com o pai.
Procurada pelo g1, assessoria do Tribunal de Justiça da Paraíba disse não ter informações sobre em que passo estão os trâmites de soltura.
Por g1 PB