Negros têm 42 vezes mais chances de serem assassinados em AL, aponta Atlas da Violência

Em 2019, os negros representaram 99% das vítimas de homicídios em Alagoas, com uma taxa de 44,1 por 100 mil habitantes. Entre os não negros, a taxa foi de 1,0 para cada 100 mil, o que significa que o risco de um negro ser assassinado é 42,9 vezes superior ao de uma pessoa não negra. Os dados são da edição 2021 do Atlas da Violência, divulgados nesta terça-feira (31).

Conforme a pesquisa, em quase todos os estados brasileiros, um negro tem mais chances de ser morto do que um não negro, com exceção do Paraná e de Roraima, que no ano de 2019 apresentaram taxas de homicídios de não negros superior às de negros.

Desde de 2015, Alagoas é o estado que apresenta maiores diferenças de vitimização entre esse grupo. Os altos níveis de discrepância podem ser observados também no Amapá (9,0), na Paraíba (7,5), em Sergipe (6,4), no Rio Grande do Norte (5,9), no Espírito Santo (5,4) e no Ceará (5,1).

A pesquisa ainda aponta que um negro tem 2,6 vezes mais chances de ser assassinado no Brasil do que outras pessoas e que esse grupo representou 77% dos homicídios registrados no país. Na maior parte dos casos, as vítimas eram jovens.

Os números apresentados pelo estudo foram obtidos a partir da análise dos dados do Sistema de Informações sobre a Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde. Os dados mais recentes são de 2019.

*Com BR-104

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