Surge nome de Aldo Rebelo na Lava Jato

0e79ec6c-0d38-41c3-ad56-4ff676185379Pelo andar das delações premiadas na Lava Jato, que apura corrupção na Petrobras, não deve sobrar no Brasil político livre de envolvimento com o desvio de recursos dos contratos com a estatal.

Agora, surge o nome do alagoano Aldo Rebelo, ministro da Defesa, ex-vereador e ex-deputado federal pelo PCdoB de São Paulo, apontado junto com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, do PT da Bahia, e com o senador Aécio Neves, do PSDB de Minas Gerais, como possíveis beneficiários do esquema de propina do “petrolão”.

A acusação, por ora, não passa de uma ameaça.

Ela vem da boca do ex-presidente do PP, Pedro Corrêa, condenado a 20 anos de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção na Petrobras. Assim como Marcos Valério, Corrêa também quer trocar informações por benefícios legais com os investigadores da Lava Jato. Ele é acusado de ter recebido desse esquema R$ 11,7 milhões em propina.

Jaques Wagner e Aécio já tiveram seus nomes citados em alguns depoimentos da investigação, mas essa é a primeira vez que parece o nome do ministro Aldo Rebelo.

É claro que nem tudo que reluz é ouro, portanto é preciso que as investigações digam exatamente a que vem cada denúncia de políticos citados na roubalheira na Petrobras. Mas, tá difícil separar o joio do trigo.

Segundo a Folha de São Paulo, Pedro Corrêa, também condenado a sete anos de prisão por envolvimento no mensalão do PT, promete delatar cem políticos à Lava Jato.

A cada dia, o balaio dos envolvidos estica mais.

Sobre Wagner Jaques:

O ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró declarou que o ministro recebeu recursos desviados da estatal para sua campanha ao governo da Bahia, em 2006. A negociação teria sido mediada pelo então presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, porém, ambos negam a acusação. Wagner também apareceu em diálogos com o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro. Nas mensagens o ministro trata de doações à campanha de 2012 do PT em Salvador e promete interceder pela liberação de recursos para a empreiteira. Wagner deverá ser investigado pela ligação com a OAS.

Sobre Aécio Neves:

O senador Aécio Neves também acumula citações na força-tarefa. Carlos Rocha, que fazia as entregas de dinheiro de Yousseff, declarou que em 2013 levou R$ 300 mil a um diretor da UTC Engenharia, que lhe disse o valor iria para Aécio. O tucano nega a acusação. Ele também foi mencionado na delação do próprio Yousseff, que afirmou que ouviu do ex-deputado José Janene (PP-PR), morto em 2010, que ele e Aécio dividiam propinas de Furnas. O caso foi arquivado por falta de provas.

Em tempo: haverá dia depois (da Lava Jato) para a política brasileira?

(Com informações da Folha de São Paulo/Congresso Em Foco)

 

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