José Aldo era a imagem da desolação após a derrota para Conor McGregor, em Las Vegas. Em um registro do vestiário do brasileiro, ele aparece cabisbaixo, acompanhado de sua equipe.
A derrota em luta que durou apenas 13 segundos marca o fim de uma invencibilidade de 10 anos. O agora ex-campeão peso-pena só havia perdido uma vez, no Jungle Fight, em 2005, ocasião em que foi finalizado por Luciano Azevedo. Além disso, o nocaute sofrido diante do irlandês foi o primeiro de sua carreira.
Por enquanto, uma revanche entre Aldo e McGregor está descartada. Isso porque o irlandês deve mudar de categoria.
Na coletiva pós-UFC 194, o dirigente Dave Sholler revelou que o presidente da organização, Dana White, apontou dois cenários possíveis para o novo campeão: lutar no peso-leve contra o vencedor de Rafael dos Anjos x Donald Cerrone (embate que acontece no dia 19) ou permanecer nos penas e encarar Frankie Edgar.
Sholler destacou ainda que o evento, que lotou o MGM Grand Arena, provavelmente será o maior pay per view de 2015 e pode entrar para história como o maior em vendas de pacote de televisão.
Porém, o próprio McGregor contou que consolou Aldo após o combate abordando a probabilidade de uma revanche. Sem, bem ao seu estilo, deixar de provocar o rival.
– Houve muita coisa dita antes da luta. O que disse para ele (depois do combate) foi: “Olhe, podemos lutar de novo”. Apedar de ter sido bom conseguir um nocaute, você não gosta de ver o único campeão da companhia cair assim. Eu apreciei ele ter vindo até aqui. Eles provavelmente ainda estão ressentidos. Mas, como disse, vencedores focam em vencer; perdedores focam nos vencedores. É isso que o time dele faz, tem focado em mim – comentou o irlandês na coletiva de imprensa, já com o cinturão em mãos.
TRISTEZA EM MANAUS
Bem longe dos Estados Unidos, quem também estava abatida era a mãe de José Aldo, Rocilene Souza. No bairro Alvorada, em Manaus, onde o lutador nasceu, uma multidão acompanhou o evento por um telão.
Ela nunca assiste às lutas do filhos e contou que estava entrando em casa quando aconteceu o nocaute.
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– Foi tudo tão rápido, que, no momento em que eu me retirava, aconteceu – disse, surpresa.
Apesar da tristeza, ela mandou sua mensagem de apoio ao filho.
– No UFC tudo pode acontecer. Mas que ele não fique triste não, vem coisa boa mais para frente. Isso é apenas mais um aprendizado. Ele não é o primeiro que perde. É assim mesmo. Faz parte do campeão, do lutador. É lutar, lutar, e vencer ou perder – consolou.