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Gugu Liberato pode ser condenado pela morte das irmãs Keilua Ferreira Baisotti, de 6 anos, e Kawai Ferreira Baisotti, de 12, vítimas de asfixia após inalação de gás durante o banho. As meninas estavam hospedadas em uma propriedade do apresentador, localizada no Rio de Janeiro, quando o acidente aconteceu, em agosto de 2007. 
Conceição Gonçalves Ferreira, mãe das meninas, move a ação judicial contra a Promoart, pertencente a Gugu, o Condomínio Barra Beach, o engenheiro Ronald Stourdze D’angelo Visconti e a Sfera Engenharia. 

Gugu era dono de duas coberturas no prédio, que fica na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, onde a obra foi feita. O incidente aconteceu no 11º andar, logo abaixo dos imóveis do apresentador. Na época, de acordo com laudos de peritos da UERJ, uma obra realizada em 2002 nos apartamentos teria alterado a chaminé coletiva do apart hotel, o que teria causado a morte das meninas.  


 
Morando na Itália há 20 anos, Conceição vem ao Brasil para a audiência de instrução e julgamento, que acontecerá no próximo dia 29. “Espero pelo fechamento de um ciclo. Há 11 anos, aguardo por Justiça. O caso das minhas filhas não pode ser encarado como mais uma estatística. Existem responsáveis pela morte deles, e eles têm que responder por isso”, desabafa Conceição, que hoje vive em Milão.

Morte nas férias

 

Em 2007, as meninas estavam no Brasil passando férias. Filhas de Conceição com um italiano, Kawai e Keilua ficaram com a avó materna no Rio e com o padrasto, que morava abaixo da cobertura linear de Gugu Liberato. 
“Ele as levou à praia e depois subiram para o apartamento para que elas tomassem banho e comecem pizza. Só soube de tudo por telefone porque tive que voltar à Itália para um trabalho”, recorda a corretora de imóveis. 

Nos últimos anos, Conceição diz que fez tudo para provar que a morte das filhas não foi um mero acidente: “O prazo para a ação criminal expirou, mas a cível continuou. Paguei mais de R$ 20 mil para a perícia emitir um laudo que comprova a culpa dos réus”, conta. 

“Nenhum dinheiro pagaria a vida das minhas meninas. Na época, a advogada de Gugu me ofereceu um acordo em torno de 200 e poucos mil reais. Nem sei de quanto é essa causa. Minhas filhas deveriam estar vivas. Mas parece que só mexendo no bolso das pessoas para elas entenderem o que é a dor de uma mãe”.

 
Por: Extra