A Câmara dos Deputados decidiu pela não investigação, rejeitando a denúncia contra o presidente Michel Temer. O voto de minerva foi o de número 172 dado pela deputada Rosângela Gomes (PRB-RJ). A vitória do governo foi estabelecida durante a votação da bancada do Rio de Janeiro. Foram 493 votos no total, sendo 264 favoráveis, 227 contrários e duas abstenções. Dezenove deputados estavam ausentes.
Mesmo antes do voto da parlamentar, matematicamente o governo já tinha conseguido barrar a denúncia, pois seriam necessários no mínimo 342 votos contra o relatório do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que pedia o arquivamento da denúncia, e que não foram conquistados, impedindo assim, que o Supremo Tribunal Federal (STF) investigue o presidente.
Com essa decisão, a denúncia é suspensa e Temer só poderá ser investigado após deixar o cargo de presidente da República.
A denúncia de corrupção passiva foi enviada ao STF no dia 26 de junho pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e teve como base a delação premiada de Joesley Batista, dono do grupo JBS. Foi a primeira vez que um presidente da República foi alvo de um pedido de investigação no exercício do mandato.
Três dias depois de receber a denúncia, a residente do STF, ministra Cármem Lúcia, e encaminhou ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), junto com o pedido de autorização para que a Corte Máxima do país pudesse investigar Temer.
Com o arquivamento da denúncia, caberá a Rodrigo Maia comunicar ao STF o resultado da votação e a impossibilidade de abrir investigação