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BRASÍLIA – Com maioria, 14 a 11, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) quer atropelar e concluir ainda essa semana a votação da reforma trabalhista, antes do julgamento de cassação da chapa Dilma/Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quinta-feira. Quer aprovar amanhã na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). E como o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) é relator também na Comissão Assuntos Sociais (CAS), votaria quarta-feira nessa segunda comissão e aprovaria requerimento de urgência para levar a votação no plenário no mesmo dia.

O regimento do Senado prevê que a matéria precisa tramitar em apenas duas comissões de mérito (CAE e CAS) para avaliar o impacto econômico e social das mudanças. Lá atrás , na interinidade, o vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) tinha assinado um ato prevendo a tramitação nessas duas comissões, sem passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Mas a oposição gritou e, ao reassumir, Eunício Oliveira (PMDB-CE) recuou, mandando tramitar também para a CCJ.

Mas agora, ao invés de votar na CCJ depois da CAE, Jucá já quer matar logo na CAS, melando o acordo.

Já sabendo que vai perder na CAE, a oposição vai brigar para aprovar pelo menos uma emenda com forte apelo social, sobre perda de direitos para mulheres grávidas, por exemplo, para ter algum ganho político.

  • Parlamentares da oposição protestam durante a votação da reforma trabalhista na Câmara, observados pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia Foto: Ailton Freitas/26-4-2017 / Agência O Globo

    Texto vai para o Senado

    A Câmara dos Deputados aprovou, em sessão que durou até a madrugada desta quinta-feira (27/4), o projeto de reforma trabalhista, que prevê uma série de mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O texto agora segue para análise do Senado Federal. Saiba quais são as principais mudanças.

     
     

E promete repetir o tumulto que aconteceu na primeira reunião da CAE, quando os senadores Lindbergh Faria (PT-RJ) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) partiram para cima de Ferraço para impedir a leitura de seu relatório.

— O acordo é votar em três comissões. Se Jucá atropelar, o clima vai esquentar muito, vai ser uma sessão conturbada. Se quiserem nos tratorar são grandes a chances de ter confronto. Botamos as mulheres na frente. É o desespero de, na véspera do julgamento de cassação de Temer no TSE, mostrar para o mercado que ele tem condições de continuar governando — avisou Lindbergh Faria (PT-RJ)

 

fonte : oglobo