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Azulão tenta encontrar alternativas, após se afundar em uma dívida extrema que vem assolando o clube desde 2022.

Novo CT foi citado como um dos fatores para a crise financeira azulina

Na noite desta terça-feira (18), o CSA fez algo que promete mexer nas estruturas dos bastidores e pegou muitos torcedores de surpresa. O time marujo entrou com um pedido de recuperação judicial na Vara Cível da Comarca de Maceió, por conta da dívida extrema que vem assolando o clube desde 2022.

O clube justificou o pedido em razão da crise econômica vivida no Brasil e do impacto que isso causou no futebol. Além disso, cita que encontrou dificuldades financeiras na construção do novo CT, no Benedito Bentes, revelando que foram gastos cerca de R$ 5 milhões para a realização da terraplanagem. O valor total da causa é de R$ 7.620.930,19.

Em documento a que a Gazetaweb teve acesso, o time marujo, inclusive, cita exemplos de outros clubes brasileiros que entraram com o mesmo pedido nas justiças de seus respectivos estados, como Coritiba, Sport e Cruzeiro. O clube azulino lembra que seus compromissos financeiros tiveram um acréscimo abrupto entre 2019 e 2022. No primeiro ano, o valor total era de R$ 2,8 milhões e em 2022 era de R$ 5,4 milhões.

Outro valor importante é o de empréstimos, em um gráfico apresentado pelo clube, onde há um valor superior a R$ 2 milhões em empréstimos só em 2022, enquanto em temporadas anteriores os valores foram inferiores a R$ 1 milhão. O time ainda acumulou um déficit entre 2021 e 2022, sendo que esse valor atingiu R$ 3,2 milhões no ano passado

Em um dos trechos, o Azulão ainda justifica: “Entretanto, por razões que fogem à vontade de sua administração, o CSA vem passando por momentânea crise financeira, especialmente diante das quebras de receita por frustração de objetivos esportivos e acúmulo das dívidas ao longo dos anos, conjuntura hábil a justificar o presente pedido de recuperação judicial.”

E mais, conforme consta nos autos do processo: “O mercado brasileiro tem passado por uma das mais graves crises econômicas de sua história. Iniciada em 2014, com o fim do ciclo de alta dos preços das commodities no mercado externo, que afetou diretamente as exportações brasileiras e fez diminuir o fluxo de entrada de capital estrangeiro no país, a crise foi agravada de forma significativa nos três anos seguintes, resultando em alta do desemprego, aumento do endividamento das famílias e, consequentemente, na queda do consumo e produção de bens”.

Assim sendo, o CSA está seguro de que, por meio do processo de recuperação judicial, poderá: otimizar seus custos; equacionar o desequilíbrio econômico-financeiro atualmente suportado pelo elevado endividamento; manter sua inegável função social e a preservação dos empregos gerados e promover a produção/circulação de riqueza e tributos.

A equipe quer recuperar sua situação financeira nos próximos anos, mas não estipulou um prazo para zerar as dívidas que revelou ter nesse momento.

gazetaweb