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Delegados Sidney Tenório e Igor Diego (à direita) participaram da coletiva | Reprodução/TV Pajuçara

A Polícia Civil de Alagoas (PC-AL) confirmou, em coletiva de imprensa no início da tarde desta quinta-feira, 23, que o líder da quadrilha que movimentou mais de R$ 7,5 milhões em contas bancárias por causa do tráfico de drogas, em maioria cocaína, era responsável por coordenar uma rede de traficantes que recebiam entorpecentes de fornecedores de São Paulo e de Minas Gerais. O homem, que trabalha como dentista, foi preso em uma fazenda na cidade de Ibateguara, durante a “Operação Escobar”, desencadeada nesta manhã.

Segundo o delegado Igor Diego, um dos responsáveis pela investigação, o dentista, que não teve o nome divulgado, lavava o dinheiro ilícito com as atividades de agropecuária, como compra e venda de animais, para não ter que declarar os bens. Ele é proprietário da fazenda onde foi preso pelos policiais.

“A operação visou buscar o patrimônio dessas pessoas, uma vez adquirido de maneira ilícita pelo tráfico de drogas. O líder da organização criminosa lavava o dinheiro ilícito com atividade, além de dentista, com atividade de agropecuária, quando ele comprava e vendia gado e cavalo, uma vez que essa compra e venda de animais, fica mais fácil de lavar o dinheiro, porque não havia declaração dos bens”, disse.

“Dois apartamentos na Jatiúca são de propriedade desse líder da organização criminosa. Toda a documentação da fazenda em Ibateguara vai ser analisada para saber se ela foi adquirida de maneira ilícita”, continuou o delegado. 

Ainda de acordo com Igor Diego, o dinheiro do tráfico de drogas era depositado nas contas bancárias de terceiros. “Os indivíduos de São Paulo e Minas Gerais encaminhavam a droga para Alagoas, diretamente para quem encomendou a droga, nas cidades de Maceió, Boca da Mata, Rio Largo, Barra de São Miguel, Ibateguara e Palmeira dos Índios. Essa droga chegava para os traficantes, e o líder da organização criminosa dava um cartão com números de contas bancárias para que os indivíduos não fizessem depósito na conta dele, e sim de outras pessoas”, destacou.

A polícia explicou que todo material colhido na investigação vai ser analisado e outras pessoas podem ser investigadas. “Todo o material probatório, técnico, já foi inserido nos autos. Hoje, o grande objetivo da operação era prender os principais integrantes do grupo criminoso, como buscas para apreender celulares, joias, veículos, quantia em dinheiro”.

Dentista já havia sido preso em 2014 – A polícia reforçou que o líder do grupo criminoso já havia sido preso no ano de 2014 por tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas. Ele foi solto quatro anos depois e continuou praticando os mesmos crimes.

“Ele já havia sido preso com 130 quilos de maconha. Ficou preso até 2018. Ao sair do sistema prisional, continuou praticando o mesmo crime. Ele se organizou para ser o líder do grupo. Ele solicitava a droga para dois fornecedores, sendo um do estado de São Paulo, também preso hoje, e outro do estado de Minas Gerais”, afirmou Igor Diego.

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