Criminosos reagiram à prisão e morreram em confronto; um terceiro suspeito foi preso.
A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) realizou coletiva de imprensa, nesta terça-feira (31), para repassar detalhes da operação que terminou com dois traficantes mortos e outro preso, na cidade de Marechal Deodoro. De acordo com a investigação, o grupo criminoso envolvido em homicídios, tráfico de drogas e assaltos a banco, tinha ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC), e agia para expandir o tráfico de drogas no litoral nordestino, principalmente em cidades da Bahia, Sergipe e Alagoas.
Um dos mortos após reagir à prisão, o baiano Genilson Conceição Couto, chamado de “Neguinho do Areal”, era conhecido como “7 de Ouro” do baralho do crime da Bahia, segundo a PC. O outro suspeito foi identificado como José Fernandes Lino dos Santos, de 27 anos. O nome do suspeito que foi preso não foi divulgado. O trio fazia parte de uma facção conhecida como “Bonde do Maluco (BDM)”, que tem forte influência em cidades da Região Metropolitana de Salvador.
Segundo a PC, os criminosos estavam em Alagoas desde o final de dezembro do ano passado. Eles estavam sendo monitorados pela Polícia Civil de Sergipe, que informou à PC/AL da presença do trio no estado. Os suspeitos estavam foragidos após cometerem um roubo a banco no estado da Bahia e para se esconder de grupos rivais e da própria polícia. Além disso, estavam analisando o mercado alagoano para fazer o escoamento de drogas.
“Existe um contato entre agência de inteligência das polícias e recebemos o informe da PC de Sergipe de que esse traficante da Bahia estaria escondido em Alagoas. Conseguimos localizar os indivíduos e verificar carros e rotina deles para que houvesse confirmação e o planejamento operacional da prisão deles da forma mais tranquila e segura possível. Desde o final de dezembro eles estão em Alagoas, não vieram todos juntos, mas em partes. Há anos Genilson Couto, – que estava com documento falso em nome de Celso – era considerado um dos traficantes mais perigosos e procurados da Bahia, inclusive, nós acompanhamos toda repercussão do falecimento dele e já fomos procurados por outras unidades de polícia informando do histórico dele”, explicou o delegado Thales Araújo, coordenador do Ginpol (Gerência de Inteligência Policial de Alagoas).
De acordo com o delegado Daniel Maia, o grupo criminoso tinha o objetivo de expandir o poder pelo litoral do Nordeste, para isso, se associaram ao PCC.
“Um dos objetos da facção era expandir o poder. O “bonde do maluco” surgiu e logo, por intermédio da violência e de assaltos a banco, eles dominaram cidades da região metropolitana de Salvador. Eles firmaram um acordo com o PCC para aumentar a influência financeira da organização e sair crescendo pelo litoral de Sergipe e Alagoas. Por outro lado, o PCC queria facilitar a exportação de entorpecentes para Europa e África. O BDM virou um braço forte do PCC. Então, esses três indivíduos eram pessoas capitais na organização”, disse.
A operação contou com o trabalho conjunto do Ginpol e da Deic (Divisão Especial de Investigações e Capturas). Conforme o delegado Igor Diego, os policiais foram recebidos a tiros quando chegaram à residência onde os criminosos estavam escondidos. Diante do fato, os agentes revidaram a ação, que terminou com dois dos criminosos mortos e um terceiro preso.
“A Deic entrou com o objetivo de realizar a operação, levando em consideração que eram criminosos perigosos e fortemente armados. Na operação, os indivíduos receberam os policiais efetuando disparos, e os mesmos tiveram que reagir. Dois indivíduos foram alvejados, sendo socorrido para o HGE. Um terceiro voltou para dentro da casa onde se encontrava outra equipe policial, que realizou a prisão. Ele estava com uma pistola, diversas munições e outro carregador. Diversos disparos de arma de fogo foram efetuados. O IC (Instituto de Criminalística) esteve no local para identificar como se deu a dinâmica desses fatos e recolheu materiais para que tudo fique devidamente constatado”, ressaltou Igor Diego.
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